Uma parceria entre a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, ONU e a ONG Círculos de Hospitalidade tem auxiliado imigrantes que chegam a Santa Catarina a ingressarem no mercado de trabalho e começarem uma nova vida com direitos garantidos e uma perspectiva diferente de futuro.
Nesta sexta-feira, 17, mais uma ação de atendimento coletivo foi realizada na SAS. Durante toda a manhã, os imigrantes foram auxiliados na elaboração do currículo e tiveram acesso a várias oportunidades de trabalho. A capacitação facilita o acesso às oportunidades de emprego no estado.
Os imigrantes venezuelanos e haitianos representaram a maioria dos atendimentos, mas pessoas de outras 16 nacionalidades já foram beneficiadas. O projeto oferece também aulas de português, regularização migratória, assistência psicossocial, programa de empreendedorismo, realização de feiras e eventos multiculturais, entre outras iniciativas.
A diretora da ONG Círculos de Hospitalidade, Bruna Kadletz, ressalta a garantia de oportunidades aos imigrantes para que eles possam recomeçar a vida no Brasil. “Sempre buscamos auxiliá-los em processos seletivos para vagas de trabalho e isso é extremamente importante, não somente para assegurar o acesso dessa população a direitos, mas também para promover a integração socioeconômica”.
A secretária da Assistência Social, Mulher e Família, Alice Kuerten, afirma que hoje Santa Catarina é o estado que mais acolhe imigrantes. “Obviamente que outros estados, como São Paulo, recebem mais imigrantes, mas somos o que mais acolhe, que consegue dar oportunidades de trabalho e moradia. Boa parte dos imigrantes chegam até nós por meio do CRAS, e essas parcerias com outras organizações são importantes para que possamos auxiliá-los”, completa.
A Agência da ONU para as Migrações tem papel fundamental na parceria que ajuda a diminuir barreiras entre empregadores e essa população, suprindo necessidades do mercado e trazendo diversidade para os ambientes laborais. O acesso ao emprego resgata a autonomia e a autoestima dos imigrantes.
A jovem Katherin Alejandra Garcia Sarmiento, de 28 anos, chegou ao Brasil em dezembro do ano passado com o filho de três anos e é uma das imigrantes beneficiadas com essa parceria. “Vim trabalhar e buscar uma melhoria para meu filho. Cheguei a conseguir um trabalho, mas não deu certo e agora estou desempregada e essa ação auxilia demais. São muito amáveis e explicam tudo muito bem sobre as ofertas de trabalho”, disse.