Os servidores públicos municipais de Chapecó irão continuar com a greve nesta terça-feira (21). As informações foram repassadas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região (SITESPMCHR).
De acordo com o sindicato, os servidores reivindicam o reajuste de 14,95%. Para a categoria, as propostas feitas pela prefeitura municipal são consideradas insuficientes para a negociação, além dos ataques que alteram a legislação municipal em vigor e não contempla a reposição da perda salarial dos Servidores Municipais e do reajuste do Piso Nacional para todo o Magistério.
Segundo o SITESPMCHR, “os Professores em greve lotaram a Câmara de Vereadores, na tarde desta segunda-feira (20/03), conversaram com os vereadores(as), acompanharam a sessão e ao final da tarde em Assembleia, reafirmaram o compromisso de continuar a greve nesta terça-feira (21/03), a partir das 8horas em frente da Prefeitura. O PLC 03/2023 e 04/2023 estão na pauta de votação da sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (21/03). A categoria em greve estará na prefeitura nesta terça-feira (21/03) cobrando uma conversa do prefeito João Rodrigues que tem negado a negociação coletiva até aqui. A negociação coletiva é fundamental para a construção de um entendimento entre Prefeito e Magistério Municipal”.
Já a prefeitura de Chapecó, afirma que manterá sua decisão, pois “considera ilegítima a intenção de greve dos professores e vai descontar dias parados”.
O prefeito, João Rodrigues, relembrou que Chapecó foi o primeiro município do Brasil a aderir ao Piso Nacional do Magistério, em 2022, onde 90% dos professores passaram a ganhar mais de R$ 6 mil na cidade. Apenas dois servidores recebem o piso em Chapecó.
A Confederação Nacional dos Municípios orientou as prefeituras a entrarem na justiça.
Em Chapecó, além de manter o piso, no início do ano, houve reajuste de 6% da inflação e mais 1% de ganho real, para todos os servidores.
O prefeito ainda explicou que o projeto encaminhado para a Câmara de Vereadores tem como objetivo desvincular os reajustes de algumas vantagens que os professores acumulam, que às vezes geram um ganho adicional ou em duplicidade, em detrimento de outros servidores.
Conforme o Secretário de Governo, Thiago Felipe Etges, no projeto encaminhado para a Câmara, a regência de classe, que já teve um reajuste de 10 para 15%, passará a ser reajustada não pelo piso nacional, mas pelo reajuste baseado na UFRM, sem perdas, com correção monetária anual. Os benefícios de titulação também serão desvinculados do piso do magistério.
Em relação ao pedido de reajuste no período da pandemia, havia uma Lei Federal proibindo o aumento e nenhum servidor do país teve este benefício no período.