Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato, foi preso preventivamente na segunda-feira (20) em Itapoá, litoral de Santa Catarina, e transferido para Curitiba no mesmo dia.
Ele prestou depoimento de forma virtual ao juiz federal Eduardo Appio, responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, na tarde desta terça-feira (21).
A prisão preventiva foi determinada pelo juiz Eduardo Appio, que assumiu os processos da Lava Jato em Curitiba em fevereiro, depois de questionar um acordo realizado com o então juiz Sérgio Moro.
Appio afirma que a Receita Federal demonstra que Youssef não devolveu todos os valores que recebeu ilicitamente e que o doleiro leva uma vida “privilegiada”, além de ter deixado de informar seu endereço atualizado à Justiça Federal. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a quebra do sigilo dos dados telefônicos do investigado.
O juiz ainda acrescentou que o doleiro foi articulador de diversas organizações criminosas nos últimos 20 anos, o que revela sua incompatibilidade com o regime de liberdade provisória. Youssef já foi preso anteriormente em março de 2014 durante a Operação Lava Jato e acusado pelo MPF de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção da Petrobras. Ele passou 2 anos e 8 meses na prisão e foi libertado em novembro de 2016.