Um vídeo recente mostrando um surfista sendo impedido de entrar no mar por pescadores em Imbituba, Santa Catarina, trouxe à tona o debate acerca da proibição do surfe durante a safra da tainha.
A proibição, respaldada por uma lei de 1995, orienta as cidades a sinalizarem a permissão do esporte por meio de bandeiras. O caso, que viralizou nas redes sociais, ocorreu na Praia do Rosa.
Segundo Diego Huorlin Leopoldo, Secretário de Desenvolvimento Sustentável, Agrícola e Pesca, Imbituba adota um sistema de placas e bandeiras durante a safra da tainha desde 2004, para indicar quando o surfe é permitido.
Reuniões são realizadas antes do início da safra com pescadores, surfistas, prefeitura, colônia de pescadores e associações setoriais para definir as responsabilidades sobre a troca das bandeiras, que indicam se o mar está disponível para pesca ou esporte.
Leopoldo destaca que houve mudanças nas áreas designadas ao longo dos anos. Em 2023, certas praias foram exclusivamente destinadas à pesca, enquanto outras mantêm o sistema de bandeiras para o surfe.
O canto Norte da Praia do Rosa, por exemplo, está aberto para atividades esportivas, com a recomendação de que os frequentadores observem as placas e bandeiras e consultem os pescadores antes de entrar na água.
Em relação ao incidente retratado no vídeo, o secretário esclarece que houve um acordo entre o representante do surfista e o patrão do rancho de pesca local. Ele reforça que “nada justifica qualquer tipo de agressão” e ressalta que, nesse caso, o surfista não observou a placa indicativa de praia exclusiva para pesca.
O debate sobre a proibição do surfe durante a safra da tainha continua gerando discussões acerca das regulamentações e da coexistência entre pescadores e surfistas na região.