O Ibama realizou a maior apreensão de barbatanas de tubarão em sua origem já registrada no mundo. Duas empresas sediadas em Santa Catarina, uma em Itajaí e outra no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram impedidas de exportar quase 30 toneladas de barbatanas para a Ásia.
A operação conjunta resultou na apreensão de 27,6 toneladas em Itajaí e 1,1 tonelada em Guarulhos. As barbatanas apreendidas são de espécies de tubarões ameaçadas de extinção, incluindo o tubarão azul e o anequim.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) realizou uma operação conjunta que resultou na maior apreensão de barbatanas de tubarão no local de origem já registrada no mundo. Duas empresas localizadas em Santa Catarina, uma em Itajaí e outra no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram descobertas tentando exportar quase 30 toneladas de barbatanas para a Ásia.
O Ibama impediu o envio de 27,6 toneladas em Itajaí e 1,1 tonelada em Guarulhos. A apreensão das barbatanas revelou a prática ilegal de pesca direcionada de tubarões e trouxe à tona a ameaça de extinção de espécies desses animais.
As barbatanas apreendidas totalizam 28,7 toneladas e pertencem a duas espécies de tubarões: o azul (Prionace glauca) e o anequim, também conhecido como mako (Isurus oxyrinchus). O anequim entrou para a lista de espécies ameaçadas de extinção há pouco mais de um ano.
A pesca direcionada de tubarões é proibida no Brasil, e as empresas tentaram burlar a lei usando licenças de outras espécies de peixe. Além disso, os barcos operavam com cargas acima do permitido, acarretando um considerável impacto ambiental.
A barbatana de tubarão possui alto valor no mercado internacional, chegando a custar 100 dólares o quilo. Esse valor atrai a demanda, principalmente na Ásia, onde as barbatanas são usadas na gastronomia e na fabricação de cápsulas de cartilagem. A operação, denominada Makaira pelo Ibama, foi considerada a maior do mundo no local de origem.
Os tubarões eram capturados em vários pontos do litoral brasileiro, especialmente na região sul, o que causava um considerável impacto ambiental.
Durante a investigação, o Ibama descobriu que os pescadores utilizavam espinhel, uma linha com vários anzóis, especificamente para a captura de tubarões, prática que contraria a legislação vigente. Além disso, as embarcações não adotavam as medidas obrigatórias para evitar a captura e morte de aves marinhas, resultando em milhares de mortes, inclusive de espécies ameaçadas de extinção.