BC se consolida como polo para investidores e valoriza 70% em 4 anos

Balneário Camboriú se destaca no mercado imobiliário com o metro quadrado mais caro do Brasil, de acordo com diagnóstico divulgado nesta semana pela revista Piauí, da Folha de S. Paulo. Em um período de apenas quatro anos, a valorização foi de 70%, saltando de R$ 7,2 mil em 2019 para R$ 12,3 mil em 2023.

O estudo que deu origem a esses dados é do FipeZap+, que avalia os maiores mercados imobiliários do país. Em julho de 2019, o valor do metro quadrado na cidade catarinense estava alinhado com a média nacional, ambos na casa dos R$ 7,1 mil.

Em comparação, quatro anos depois, em julho de 2023, o preço subiu para R$ 12,3 mil em Balneário Camboriú, enquanto a média nacional viu um aumento mais moderado, chegando a R$ 8,5 mil.

Essa valorização rápida pode ser atribuída a diversos fatores. Entre eles, a especialização da construção civil local em imóveis voltados para investidores, que já vinha garantindo uma valorização contínua e sólida ao longo dos anos.

Além disso, o início da pandemia de Covid-19 em 2020 afetou significativamente o mercado de investimentos. Nesse cenário, a construção civil emergiu como uma alternativa confiável, tornando Balneário Camboriú um foco para investidores.

No mesmo período, a prefeitura da cidade deu início ao alargamento da Praia Central. Especialistas previram uma valorização imediata de 40% nos imóveis à beira-mar, um cálculo corroborado por outros mercados imobiliários emergentes que passaram por processos similares.

As previsões logo se comprovaram. O alargamento da praia tornou-se mais um dos elementos a impulsionar o mercado imobiliário local, já em ascensão.

Agora, a cidade começa a olhar além das fronteiras nacionais. Grandes construtoras estão ampliando seus negócios para atrair investidores do exterior. A FG Empreendimentos, por exemplo, abriu um escritório em Miami.

Este movimento de internacionalização, somado ao contexto atual de valorização, coloca Balneário Camboriú como um caso único no mercado imobiliário brasileiro. Com imóveis entre os mais altos da América Latina, a cidade aponta para uma trajetória de crescimento contínuo.