Santa Catarina foi classificada como o segundo estado com a melhor qualidade de vida no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, conforme revelado pelo estudo IPS Brasil. Publicado nesta quarta-feira (3), o levantamento abrangeu 5,7 mil municípios nacionais, utilizando 52 indicadores de órgãos oficiais para medir aspectos cruciais como necessidades básicas humanas, bem-estar e oportunidades de desenvolvimento pessoal.
A pesquisa considera três dimensões essenciais: necessidades humanas básicas, fundamentos de bem-estar e oportunidades. Estes incluem fatores vitais como alimentação, água potável, segurança, acesso à educação e saúde, qualidade ambiental, direitos individuais, e liberdade de escolha.
Santa Catarina destacou-se especialmente em aspectos de bem-estar e oportunidades, com Florianópolis alcançando a quarta posição entre as capitais com melhor qualidade de vida. O estado também se sobressaiu pela cidade de Luzerna, no Meio Oeste, que demonstrou significativos indicadores de qualidade de vida.
O estudo também apontou uma discrepância interessante entre renda e qualidade de vida, exemplificada pelo caso de Gavião Peixoto em São Paulo, que, apesar de sua pequena população, apresentou excelentes indicadores devido à presença de um polo aeroespacial da Embraer. Em contrapartida, a cidade de Uiramutã em Roraima, que possui a maior proporção de população indígena do país, registrou os índices mais baixos de qualidade de vida, refletindo a precariedade dos serviços urbanos.
Este estudo reforça a importância de políticas públicas eficazes e investimentos contínuos em infraestrutura e serviços essenciais para melhorar a qualidade de vida em todo o Brasil, enquanto destaca a necessidade de atenção especial a áreas menos desenvolvidas, especialmente na Amazônia.