Com a chegada do calor e o aumento do número de pessoas nas cidades litorâneas e turísticas é preciso redobrar os cuidados com o consumo de alimentos e bebidas para evitar intoxicações alimentares. Atenção à procedência e à manipulação dos produtos é essencial à prevenção.De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), as principais causas de intoxicação alimentar, são: consumo de bebidas e comidas contaminadas ou sem procedência, conservação inadequada dos alimentos, contato com água imprópria para o banho e aumento na circulação de vírus, bactérias e parasitas que causam a doença. A chefe da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da DIVE/SC, Daniella de Mattia, explica como acontece a proliferação dos agentes causadores:
“A transmissão ocorre devido ao preparo e acondicionamento indevido de alimentos, consumo de bebidas com procedência duvidosa (não só de água e suco, mas também de gelo) e ausência de higiene pessoal, principalmente na lavagem das mãos”, alerta ela.
Os principais sintomas de contaminação são: aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou com pouca consistência, acompanhadas ou não de náusea, febre, vômito e dor abdominal, muco e sangue nas fezes.
Lavar muito bem as frutas, verduras e legumes a serem consumidos é um dos principais cuidados. O recomendado, segundo a DIVE/SC, é usar uma colher de água sanitária para um litro de água, deixar agir por 15 minutos e, em seguida, lavar as frutas e hortaliças em água corrente para retirar os resíduos. Outras medidas preventivas que podem ser adotadas é lavar as mãos frequentemente com água e sabão, principalmente após ir ao banheiro e antes de se alimentar, preparar ou manipular alimentos, e evitar deixar alimentos expostos à temperatura ambiente por muito tempo.
O que fazer em caso de suspeita de intoxicação alimentar?
A orientação da DIVE/SC é que as pessoas não se automediquem. O recomendado é beber bastante água e procurar uma unidade de saúde mais próxima para fazer o tratamento adequado. A ida até a unidade também é importante para que a Vigilância Epidemiológica inicie uma investigação, com coleta de material biológico, para tentar identificar os possíveis alimentos e agentes causadores da diarreia.
As causas da diarreia estão relacionadas a diversos patógenos, entre eles o Rotavírus e Norovírus, as bactérias Escherichia coli, Salmonella e Shigella e os parasitas Cryptosporidium, Cyclospora e Giárdia.
Confira os cuidados para evitar a diarreia:
– Não consumir alimentos que estejam fora do prazo de validade estabelecido pelo fabricante, mesmo que sua aparência seja normal;
– Mesmo dentro do prazo de validade, não consumir alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados;
– Não consumir alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;
– Evitar comer carne crua ou mal passada, qualquer que seja sua procedência;
– Só tomar leite fervido ou pasteurizado;
– Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
– Higienizar frutas, legumes e verduras com uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos;
– Lavar os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;
– Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após utilizar o banheiro e antes de se alimentar, preparar ou manipular alimentos;
– Lavar e desinfetar superfícies que tenham sido contaminadas com vômito e fezes de pessoas doentes, usando água e sabão e desinfecção com água sanitária.