Olenyr Teixeira assessor da presidência da FEC (Federação Espírita Catarinense), disse que é preciso analisar de forma sóbria a carta psicografada por uma médium e recebida pelos familiares de Paulo Gustavo. Teixeira dirige trabalhos mediúnicos em Santa Catarina e fez algumas observações quanto às informações divulgadas.
De acordo com a coluna do Leo Dias, a carta conta com fatos que poderiam ser comprovados apenas familiares e amigos de Paulo Gustavo, internado em estado grave por Covid-19. A mensagem teria sido enviada por uma ancestral do humorista, e assinada com um apelido.
Teixeira não teve acesso a todo o conteúdo da carta, apenas às informações divulgadas. A situação impede uma análise aprofundada e não afasta uma possível autenticidade, pontua o vice-presidente. Mas ressalta alguns aspectos a se considerar.
Há mais espíritos mentirosos se manifestando durante a pandemia, que se passam por outros espíritos. Também há casos em que o médium investiga de antemão a vida dos que receberão as cartas, buscando sinais comprovariam a autenticidade da mensagem, pontua o espírita.
“É estranho a carta ser assinada apenas pelo apelido do ancestral. A primeira coisa a se perguntar: existia esse apelido? Por que não usou o nome?” considera Teixeira. Na psicografia, é necessário que a autenticidade seja atestada por quem recebe a mensagem.
O processo mediúnico
Diante de um cenário de espíritos mentirosos e médiuns que podem fingir autenticidade, a psicografia exige preceitos sérios. “Como ensina Alan Kardec, sempre devemos observar, comparar e julgar” afirma Teixeira que já foi presidente da FEC por nove anos.
A frase resume o método para entender se a mensagem é verdadeira. Para tanto, existem sinais na mensagem que podem atestar a autenticidade e devem ser conhecidos apenas pelos destinatários, e não pelo médium, além de detalhes que apenas um espírito saberia da pessoa.