Cinco, das 26 letras que compõem o alfabeto brasileiro, podem ajudar no diagnóstico precoce do câncer de pele. De acordo com a médica cirurgiã geral, pós-graduada em Dermatologia, Carol Berger, casos de melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, que muitas vezes é confundido com uma pinta, pode ser diagnosticado, seguindo a regra do ABCDE. O procedimento, que é realizado durante uma consulta médica, visa avaliar a aparência das pintas encontradas pelo corpo. Para entender a regra, a profissional, que atende em Florianópolis, explica o significado de cada letra. No caso da letra A, por exemplo, tem relação com a assimetria da pinta, então neste caso é importante observar se a pinta está num formato uniforme e se as metades não estão irregulares. A letra B é relacionada com as bordas das pintas, que não podem ser irregulares ou apresentar pontas e curvas, por exemplo.
A coloração, que vem da letra C, é outro ponto que deve ser observado. A médica destaca que a coloração das pintas não é a mesma em todas; existem diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, até azul. A letra D faz referência ao diâmetro da pinta. Neste caso, pintas maiores que 5 mm (0,5 cm) têm maior risco. Já a letra E tem relação com a evolução, e para esse ponto a Dra. ressalta que as pessoas devem ficar atentas às mudanças da aparência, observando diferenças no tamanho, cor e crescimento rápido.
Existem lesões de pele que são conhecidas como pré-malignas, ou seja, no momento não são um câncer de pele, mas ao longo do tempo podem se tornar malignas. “Lesões de pele que parecem simples pintas podem ser tumores de pele, por isso é importante atentar para lesões de surgimento recente, avermelhadas, com crescimento rápido, lesões que coçam, descamam ou sangram, lesões marrons ou enegrecidas com diferentes tonalidades e bordas irregulares, de mais de meio centímetro. Em casos assim, a recomendação é buscar uma avaliação profissional o quanto antes”, orienta a médica.
Carol Berger explica que as pintas surgem no corpo ao longo de toda a vida. “Como a grande maioria das lesões de pele são decorrentes do efeito cumulativo de radiação solar, pessoas mais idosas geralmente apresentam mais lesões de pele. Por isso, vale ressaltar que as lesões de pele associadas à exposição solar não surgem do dia para a noite; elas aparecem, crescem e modificam suas características ao longo do tempo”, salienta.
Quando se faz necessária a retirada? Geralmente, de acordo com a médica, uma pinta que a olho nu pode parecer inofensiva, durante o exame médico com auxílio do dermatoscópio pode evidenciar diferentes colorações e características suspeitas, que possam indicar ou não uma biópsia ou retirada completa. “Em muitos dos casos, a retirada das lesões ou pintas é meramente estética, em outros, quando há a necessidade, é feita a retirada e enviada uma amostra para análise laboratorial, para identificar se a lesão é benigna ou maligna. Esse diagnóstico precoce é extremamente importante”, completa.
Davi Paes e Lima é jornalista profissional (2874 - SC) desde 2006. É especialista em Comunicação Empresarial e atua na área de Assessoria de Comunicação há 20 anos, desde 2003 - além de ter passagens por veículos especializados. Desde 2020 está à frente da Paes e Lima Comunicação, agência boutique com base em Florianópolis. No associativismo é diretor de eventos da Associação Catarinense de Imprensa (2023/2026). Colabora com notícias corporativas para o portal ClicSC desde 2022.
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