Klaus Berno Fischer, o alemão de 73 anos preso na semana passada na cidade do Rio de Janeiro, oferecia comida e dinheiro para crianças de 10 a 14 anos para que se fantasiassem e gravassem cenas pornográficas que eram distribuidas por ele na Deep Web (o local obscuro da internet, onde não há possibilidade de rastreamento de IP).
Segundo reportagem do jornal Extra, Fischer obrigou duas meninas a se fantasiarem como indígenas e as gravou fazendo sexo em uma área de mata. O alemão é dono de uma agência de turismo que, segundo a investigação, era usada para promover turismo sexual.
Fischer vivia no Brasil desde os anos de 1980 e ganhava dinheiro vendendo os vídeos pornográficos das crianças na rede. “Ele vivia disso, esse era o ganha-pão dele. Já sabemos que algumas vítimas dele já foram aliciadas há cinco anos. Ele começou a usar essa casa, em Santíssimo, há seis anos. Mas temos provas de que antes ele já fazia filmagens em outros lugares”, disse o delegado Luís Mauricio Armond.
Fischer foi autuado por estupro de vulnerável e pelos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que tipificam o crime de produção e venda de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.