Mais uma vez o colégio estadual Anita Garibaldi, em Itapema, foi palco de manifestações organizadas pelos alunos. No início do ano, os próprios professores entraram em contato com o Visor Notícias sobre as péssimas condições que eles e os alunos estão enfrentando.
As reivindicações são antigas: Desde 2022, alunos se mobilizam para que a escola tenha o básico, uma estrutura mínima para que as aulas aconteçam. No ano anterior, após grade comoção dos estudantes, a escola chegou a passar por uma reforma, mas, ficou sem o acabamento adequado. Neste ano, o principal problema é o calor escaldante dentro das escolas.
De acordo com relato de alunos, apesar do calor ser grande, o barulho também incomoda muito, já que a escola fica em uma avenida movimentada, além de sofrer com os barulhos da construção civil ao seu redor. Por esse motivo, as janelas ficam completamente fechadas.
A situação parecia ter se resolvido quando, no início de fevereiro, após comoção popular, representantes da Secretaria de Educação Estadual se reuniram com a direção e alunos engajados.
A reunião foi finalizada com a promessa de que, poucos dias depois do carnaval o problema estaria resolvido. No entanto, passados quase dois meses, a situação não foi solucionada, conforme explica Claudinei Schimanko, professor de biologia há mais de 20 anos na escola.
Na manhã desta segunda-feira, 27, os alunos se mobilizaram novamente, questionando quando as promessas seriam cumpridas. A equipe do Visor esteve na escola, mas foi impedida de gravar o local pela diretora, Sidonete Borba, que também se recusou a dar entrevista. Em conversa com o Visor, no início do ano letivo, ela havia afirmado que estava difícil aguentar o calor na unidade escolar. Na ocasião, Sidonete havia sido enfática ao dizer que a impressão que tinha é de que a escola Anita Garibaldi havia sido abandonada.
Além dos problemas com os ares-condicionados, a unidade não estaria preparada para a estrutura do novo ensino médio. Aulas de informática, por exemplo, não acontecem, já que não há computador, muito menos internet wi-fi, que precisa ser disponibilizada pelos próprios professores caso haja alguma atividade online e até mesmo para fazer a chamada.De acordo com o professor Claudinei, a escola ainda sofre com alagamentos quando há chuva forte e precisa de pintura.
A Secretaria de Estado da Educação (SED), informou à reportagem que as manutenções elétricas foram finalizadas neste mês, liberando a utilização de 15 ares condicionados, que, de acordo com a pasta, serão instalados em até 30 dias. Além disso, afirma que o projeto da nova entrada de energia elétrica, em parceria com a Celesc, está em fase de orçamento. Somente após o projeto ser executado que será possível a liberação da rede elétrica em toda a unidade para a instalação da climatização completa.