Nos últimos dias, Santa Catarina registrou dois episódios de sequestro que chamaram a atenção da população. Um dos eventos envolveu uma menina de 12 anos em Pomerode, Vale do Itajaí, e o outro uma criança de 10 anos em Criciúma, no sul do Estado.
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Sequestros, apesar de terem cenários variados, geram sentimentos de medo e insegurança em todas as famílias. Diante desse cenário, confira algumas recomendações para ajudar a população a lidar com situações suspeitas.
Essas dicas, que foram divulgadas pelo portal da PMSE (Polícia Militar do Sergipe), fornecem orientações sobre como agir e prevenir-se:
- Esteja atento a veículos desconhecidos ou pessoas seguindo você, e observe se há ambulantes atípicos ou reparos que demoram na vizinhança.
- Mude sua rotina frequentemente, variando horários e trajetos.
- Evite mostrar sinais de riqueza e discutir publicamente sobre seus bens ou planos de viagem.
- Opte por carros mais comuns e desconfie de ligações desconhecidas pedindo informações sobre sua residência.
- No trânsito, antecipe-se aos semáforos e saiba a localização de postos policiais em rotas frequentes.
- Mantenha um controle rígido sobre o que leva em sua carteira e esteja sempre atento ao entrar ou sair do carro.
- Informe a alguém de confiança sobre seus trajetos, horários e destinos.
- Caso enfrente uma situação de sequestro, mantenha a calma e siga as instruções do sequestrador, mas também tente observar detalhes do percurso.
- Investir em sistemas de segurança patrimonial, como câmeras e vigilância, pode ser uma maneira de evitar sequestros.
A Polícia Militar do Sergipe ainda sugere que as vítimas, quando rendidas, tentem observar e memorizar detalhes como nomes de ruas, sons e cheiros.
Relembre casos recentes de sequestro em SC
Professor sequestra menina de 12 anos e esconde em fundo falso de cama em Pomerode
O município de Pomerode, no Vale do Itajaí, Santa Catarina, foi palco de um preocupante desaparecimento de uma menina de 12 anos, ocorrido recentemente. O caso gerou ampla mobilização das autoridades locais, culminando com a prisão do suspeito em Joinville pela PRF.
O suspeito, um professor, é acusado de manter a criança em cárcere privado em sua residência. Surpreendentemente, conforme revelado pela Polícia Civil, o professor teria usado o celular da menina em uma tentativa de despistar a investigação. O fato veio à tona durante coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (28).
Em sua abordagem inicial, o professor alegou desconhecimento sobre o paradeiro da criança. O mesmo, inclusive, havia sido contatado pelo pai da menina, buscando informações sobre sua filha.
As investigações da Polícia Civil incluíram uma visita à casa da vítima, onde roupas da menina foram recolhidas para facilitar o trabalho dos cães farejadores. Posteriormente, um mandado de busca foi expedido para a casa do professor. Com a ausência de resposta, a polícia adentrou a residência.
Dentro da casa, sinais da presença da menina foram rapidamente identificados. Uma mochila contendo roupas dela foi localizada em cima de uma das camas. Em adição, um celular danificado foi encontrado no local.
Por meio da placa de seu veículo, o professor foi rastreado até Joinville, onde a PRF o localizou. Ao ser questionado, o homem admitiu que a criança estava escondida em sua casa, detalhando uma elaborada tentativa de esconder a menina: ele havia modificado sua cama, criando um compartimento secreto para mantê-la escondida.
Felizmente, a menina foi encontrada sem sinais de violência. Entretanto, o caso serve como um lembrete alarmante sobre os perigos que crianças podem enfrentar e destaca a necessidade contínua de proteção e vigilância em nossas comunidades.
Menina de 10 anos é sequestrada ao voltar de jogo de futebol com o pai em Criciúma
A tranquilidade da cidade de Criciúma, em Santa Catarina, foi abalada por um incidente alarmante. Uma menina de 10 anos, ao retornar com sua família de um jogo de futebol, foi abruptamente raptada na porta de casa. O crime, ocorrido na madrugada de quarta-feira (23), desencadeou uma intensa operação policial.
Rapidamente, forças de segurança de Criciúma e regiões próximas mobilizaram-se para encontrar a criança. Para intensificar a busca, até policiais que estavam de folga foram acionados. A colaboração entre Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica foi vital para a resolução do caso.
Em um desfecho surpreendente e após 24 horas do ocorrido, a menina foi devolvida à sua família na quinta-feira (24). No entanto, o processo para a liberação da criança envolveu uma série de eventos complexos. O montante exigido pelos sequestradores para o resgate era de mais de R$ 11 milhões.
Ulisses Gabriel, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, ressaltou em entrevista à NDTV Criciúma, o comprometimento e esforço da equipe: “Nossa principal missão era resgatar a vítima e devolvê-la em segurança aos pais.”
A investigação revelou que cinco indivíduos estavam por trás do sequestro. Desse total, quatro foram identificados e um deles já se encontra sob custódia. Um dos criminosos, após ser detido, ajudou a polícia a localizar a criança, que havia sido levada até o Rio Grande do Sul por outro membro da quadrilha.
De acordo com o delegado, o uso de tecnologia, especialmente nas redes sociais, foi fundamental para a resolução do caso. A menina foi finalmente encontrada em Araranguá, após uma negociação que levou à sua liberação. Embora o criminoso que a transportou tenha conseguido escapar, sua identidade já foi confirmada e as buscas por ele prosseguem.