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Política

Conversa com o ex-prefeito Edson Piriquito

O Pepa conversou com o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Piriquito

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A cena mostra sempre uma sequência rápida de movimentos precisos. No interior do contêiner transformado em misto de bar e lanchonete, a figura magra e de alta estatura não pára. Com largo sorriso,mexe pra lá e pra cá. Atende o celular, que não pára de tocar; recepciona a todos com um abraço apertado e o beijo carinhoso na face; diverte-se com a criançada sorridente e saltitante. O clima é de festa, mas tem muito trabalho pela frente. Às vezes avança madrugada,  mas a dinâmica é a mesma. O olhar não deixa de percorrer toda a área para conferir se o atendimento está sob controle, se os clientes estão satisfeitos, se o chopp está gelado, se a porção de fritas já está na na mesa e assim em diante.

Esta é a rotina do ex-prefeito Edson Renato Dias, o Piriquito. E foi no fast-food instalado estrategicamente numa esquina da avenida do Estado, nas proximidades do Angeloni que ele recebeu o Blog do Pepa e o radialista Elias Silveira para um bate-papo informal e falar de seu projeto político para o ano de 2020.

A conversa começa pela derrota para deputado, nas eleições de 2016, e o desabafo: “lógico que lamentei e tratei logo de reorganizar minha vida. Fui para a loja de autopeças que tenho com meu irmão Boca, mas logo percebi que o espaço era pequena e então comecei a pensar nesse terreno, que comprei há 20 anos. Podia estar trabalhando no Senado, em Brasília, mas preferi ficar perto da minha família, dos meus três filhos, Artur, de 16 anos, Alice, de 8 e o recém nascido Samuel. Agora que o Food Park está devidamente organizado posso aceitar convites para assumir novos projetos “ , completa.

“Me preocupo com o desenvolvimento de minha cidade, da qualidade de vida de seu povo, do futuro de meus filhos. Balneário Camboriú não pode continuar andando para trás “.

Para Piriquito o “Novas Ideias “ não deu certo, embora tenha deixado muito dinheiro no caixa da Prefeitura e a administração em ordem”

E faz questão de recordar a forma como pegou o governo em janeiro de 2009.

“A cidade tinha sofrido um grande baque com a enchente de novembro de 2008. Em plena temporada, o problema de esgoto era terrível e qualquer chuva provocava alagamentos e prejuízos incalculáveis ao comércio; no bairro Nova Esperança os moradores não conseguiam nem respirar direito em virtude do fedor insuportável da lagoa de decantação; a ponte da Vila Real tinha sido interditada. Outro grave problema ”. E prossegue seu relato citando obras inacabadas a respeito da Quinta Avenida, Colégio Santa, Teatro Bruno Nitz e o Hospital Ruth Cardoso.

“Recebi o hospital semi-acabado, sem programa de gestão, sem funcionários e sem remédios, situação complicada. O Hospital Santa Inês, atingido pelo desmoronamento do morro, estava em situação precária. Na praia do Estaleirinho não tinha creche, monitora de creche ganhava 600 reais, hoje ganha quase 3 mil, o salário dos médicos era uma vergonha . Todos esses problemas e mais outros e não havia o principal, não tinha dinheiro “.

Relembra que na base de apoio ao governo, na Câmara Municipal, contava apenas com três vereadores. Para piorar a situação ainda inventaram o Fantasma Valdemar. Daí me tranquei na Prefeitura para trabalhar e deixei o resto com meus advogados “.

Piriquito continua falando e respondendo aos acenos e sorrisos. Pensa um pouco, concorda que também evoluiu que aprendeu a respeitar antigos adversários como o ex-prefeito Rubens Spernau, admira Auri Pavoni, e lamenta que as novas ideias não tenham dado certo: “sem dúvida, um grande atraso para nossa cidade “.

Mas o ex-prefeito não pára e a memória desfia outros fatos que considera de relevante importância nos seus 8 anos de governo.

Na Educação, construímos 120 salas de aulas“ O colégio Higino Pio e o segundo grau noturno, foram grandes conquistas. Tenho que reconhecer o esforço do Secretário de Estado de Educação na época, falecido recentemente, o deputado Marco Tebaldi. Embora de sigla adversária ele teve grandeza de caráter e investiu no projeto “.

O fim da língua preta na faixa de areia da praça Tamandaré, a reurbanização das principais avenidas e a obra do binário são citadas como exemplo. “ A obra do binário estava abandonada em frente à Prefeitura. Tivemos que rasgar o morro para completar a Martin Luther. E assim por diante, como a obra da galeria de esgoto, que deixou pronta, na avenida do Estado, para ligar ao Pontal Norte e outras mais.

Mas um fato que lamenta , e que reconhece ter ficado triste, diz respeito ao tratamento dispensado pela administração de seu sucessor Fabrício de Oliveira, a Passarela da Barra. “Sem dúvida, uma obra de envergadura, era para ser uma marco para a cidade. Hoje está praticamente abandonada , passei por lá dia desses e não posso esconder minha tristeza. Na época criaram uma série de factóides, mas não conseguiram me atingir “.

O bate-papo finaliza. Piriquito bate a mão no peito e, com orgulho, exclama “entreguei o governo com  243 milhões em caixa só para obras, o BC Previ tinha em caixa mais de 300 milhões e sequer um fornecedor sem receber, nenhum servidor com o salário atrasado”. Por isso estou muito tranquilo e acatei acatei a decisão partidária”.

Ao referir -se às novidades do Plano de Governo, afirma que observa a parte orçamentária, contábil e completa “ sou do povo e escuto o povo. O certo é que temos que nos preocupar em recuperar e melhorar a qualidade de vida do nosso povo”.

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