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‘Dedos de Covid’: Conheça o novo sintoma que aponta infecção do coronavírus

Lesões são causadas como reação do corpo para conter a infecção do coronavírus

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Alguns pacientes infectados pela Covid-19 podem apresentar ‘dedos de Covid’. A afirmação foi feita após estudos clínicos realizados pela Universidade de Paris e publicado no British Journal of Dermatology. Os sintomas são descritos como lesões nas mãos e nos pés parecidas com frieiras, o que seria uma resposta do sistema imunológico ao coronavírus.

Os pesquisadores examinaram 50 pessoas com dedos inflamados e vermelhos após contraírem a Covid-19. Foram analisadas também outros 13 pacientes com erupções cutâneas parecidas, mas que surgiram antes da pandemia.

Conforme o estudo, as lesões são causadas como reação do corpo para conter a infecção do coronavírus. Há dois elementos que levam ao sintoma: uma proteína antiviral chamada interferon que, em excesso, pode atacar erroneamente as células e os próprios tecidos, além de invadir o vírus.

Foto: Divulgação

O que são os ‘dedos de covid’?

Os ‘dedos de covid’ podem acontecer em qualquer idade, mas afeta mais comumente crianças e adolescentes. Para algumas pessoas, a reação é indolor, mas para outras a erupção pode causar dor extrema e coceira, acompanhada de bolhas e inchaço.

A escocesa Sofia, que tem 13 anos, mal conseguia andar ou usar sapatos quando desenvolveu ‘dedos de covid’ no início deste ano. Ela contou como, durante o verão, passou a depender de uma cadeira de rodas para caminhadas mais longas.

A pele afetada — geralmente os dedos dos pés, mas às vezes os das mãos — pode apresentar coloração vermelha ou roxa. Algumas pessoas desenvolvem protuberâncias elevadas e dolorosas ou áreas de pele áspera. Também pode haver pus. A condição pode durar semanas ou até mesmo meses.

Frequentemente, quem sofre de ‘dedos de covid’ não apresenta nenhum dos sintomas clássicos da covid-19, como tosse persistente, febre e perda ou alteração no odor ou no paladar.

Foto: Divulgação

Por que isso acontece?

As últimas descobertas do estudo, baseadas em testes de sangue e pele, sugerem que duas partes do sistema imunológico podem estar em ação. Ambos envolvem mecanismos que o corpo usa para combater o coronavírus.

Um é uma proteína antiviral chamada interferon tipo 1 e o outro é um tipo de anticorpo que ataca erroneamente as próprias células e tecidos da pessoa, não apenas o vírus invasor. As células que revestem os pequenos vasos sanguíneos que abastecem as áreas afetadas também estão envolvidas, dizem os pesquisadores da Universidade de Paris, França.

Os cientistas estudaram 50 pessoas com suspeita de ‘dedos de covid’ na primavera de 2020, e 13 outras com lesões de frieira semelhantes que não estavam relacionadas a infecções pelo novo coronavírus, porque ocorreram muito antes do início da pandemia. Eles esperam que as descobertas ajudem os pacientes e médicos a entender melhor a condição.

O médico Ivan Bristow, diz que, para a maioria, as lesões geralmente desaparecem por conta própria, como as frieiras comuns durante crises de resfriado e em pessoas com problemas de circulação. Mas algumas podem precisar de tratamento com cremes e outros medicamentos. “A confirmação da causa ajudará a desenvolver novos tratamentos para gerenciá-la de forma mais eficaz”, diz ele.

Já a dermatologista Veronique Bataille, porta-voz da ONG British Skin Foundation, diz que os ‘dedos de covid’ foram observados com muita frequência durante a fase inicial da pandemia, mas a condição se tornou menos usual durante as infecções causadas pela variante Delta. A explicação provável para isso se deve a mais pessoas sendo vacinadas ou tendo alguma proteção contra a covid por causa de infecções anteriores.

“Ter essa condição após ser vacinado é muito mais raro”, diz ela. Os problemas de pele relacionados à covid podem aparecer um pouco depois da infecção aguda e em pessoas que não apresentam outros sintomas, então a associação com o vírus às vezes nem sempre acontece, acrescenta Bataille.

Sobre o autor:
Brunela
Brunela Maria
Brunela Maria é jornalista desde 2011 e formada pelo Centro Universitário IESB, em Brasília. Trabalhou no Notícias do Dia, em Florianópolis e na Record TV Brasília. Atua como repórter no portal ClicSC.
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