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Cidades

Deputados criticam investimentos do governo do Estado na área da educação

Segundo parlamentares, falta de diálogo e presença do governo nas regiões é o maior problema

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A situação dos municípios do Vale do Itajaí e a atenção dispensada pelo governo do Estado à região foram novamente tema de debates na sessão ordinária da Assembleia Legislativa. Quem primeiro se manifestou sobre o assunto foi o deputado Milton Hobus (PSD). Segundo o parlamentar, os deputados que têm a região como base “estão todos indignados”.

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“Desde que a Frente Parlamentar do Vale do Itajaí foi formada, pedimos que o governador recebesse os parlamentares e até hoje estamos esperando”, reclamou Hobus. “Repudiamos a atitude de receber só alguns deputados. Isso não faz bem à democracia.”

O deputado Maurício Eskudlark (PL) rebateu o colega e citou como exemplo ações do governo de liberação de recursos para o Hospital Santa Isabel, em Blumenau. “Esse hospital nunca tinha recebido verbas públicas antes do governador Carlos Moisés”, disse o líder do Governo. Em aparte, o deputado Ricardo Alba (PSL) revelou que o governo destina R$ 1,2 milhão por mês à unidade.

Eskudlark falou também da liberação de R$ 350 mil pelo governo para a construção de uma unidade de pronto-atendimento em Balneário Camboriú, o que vai diminuir a lotação do Hospital Ruth Cardoso. “Esse hospital foi feito para atender complexidade, urgência e emergência. Mas virou grande pronto-socorro regional. Com isso, o atendimento não é especializado como deveria e está sempre lotado”, explicou.

“Quero agradecer ao governador pela sensibilidade, principalmente para a saúde. Ele está olhando, sim, para a Foz e o Vale do Itajaí”, completou.

Em aparte, Ricardo Alba listou vários hospitais do Vale do Itajaí que recebem recursos do governo do Estado. “Dos R$190 milhões investidos nos hospitais filantrópicos de Santa Catarina, R$ 40 milhões, mais de 20%, ficaram nos hospitais do Vale do Itajaí”, revelou Alba.

Economia saudável
Milton Hobus (PSD) destacou a importância de manter a economia catarinense saudável. O parlamentar apresentou um levantamento que mostra que nos últimos dez anos praticamente todos os setores da economia tiveram geração de emprego positiva. “Com destaque grande para a indústria de transformação, comércio e serviços, mas o setor que responde por 30% da economia – o agronegócio, a agropecuária – foi o único que teve variação negativa. Mais de 6 mil perderam o emprego”, alertou.

Hobus falou também da importância de trabalhar com seriedade a competitividade dos setores econômicos catarinenses. “Parte disso é com a guerra fiscal, praticada por todos os estados. É a regra do jogo”, disse o parlamentar, que parabenizou todos os deputados pelos debates acerca da questão tributária catarinense.

Milton Hobus exibiu um vídeo feito na quarta-feira, sobre a visita à Assembleia Legislativa do presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, José Altino Comper, que veio agradecer pelo empenho na defesa da competitividade e por ações que impediram o fechamento de muitas empresas do setor.

Diálogo
Hobus defendeu o diálogo com os setores produtivos. “Quando a gente ouve os setores, dialoga com quem produz, a gente não erra”, disse o deputado, que elogiou o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, pelas correções nos projetos relacionados à questão tributária.

Ele também defendeu que a Alesc assuma o protagonismo nas grandes questões do desenvolvimento catarinense. Hobus revelou ter promovido uma reunião entre o secretário Paulo Eli e empresários do Rio de Janeiro que já movimentam cerca de R$ 200 milhões por ano em cargas do setor de informática pelo Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis. “Estes empresários, por causa da insegurança jurídica, pensam em sair de Santa Catarina. Eles disseram que se dermos segurança jurídica – e isso nós aqui da Alesc daremos – ele vai transferir outros R$ 400 milhões operados no Espírito Santo para cá.”

Retaliação
Milton Hobus também relembrou a polêmica relacionada à tributação dos agrotóxicos em Santa Catarina. Disse que os deputados estão sofrendo retaliações. Citou até a vice-governadora, Daniela Reinehr, que havia se posicionado a favor dos agricultores. “A vice-governadora teve as contas abertas, deputados estão sendo retaliados. Quem está fazendo isso? Quem está por trás dessa provocação raivosa contra deputados que trabalham e querem o bem de Santa Catarina?”, questionou Hobus, que finalizou com um apelo ao governador por respeito à Casa. “Dialogue, converse. Tudo que for pelo bem de Santa Catarina, essa casa não se furtará de ajudar. Não ache que sabe tudo e vai resolver os problemas sozinho”.

Criminalidade
O deputado Sargento Lima (PSL) destacou a queda nos índices de criminalidade no país e relacionou o fato à atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e seu pacote anticrime, em tramitação no Congresso Nacional. Sargento Lima rebateu a ideia de que a violência brasileira é resultado de problemas sociais. “Dizer que as condições sociais levam ao crime seria dizer que o pobre já nasce propenso ao crime.”

“O crime no Brasil não tem origem social, tem origem na incerteza da punição, tem origem diretamente ligada à fraqueza das leis e certeza da impunidade”, opinou o deputado.

Ele listou os dez países com maiores índices de criminalidade – relação da qual o Brasil não faz parte. “Não está entre os maiores de crime, mas lidera com o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, na Petrobras”, disse. “E esse posicionamento neste ranking maldito não vem de questões sociais, negro, pobre. Vem da fraqueza e da certeza da impunidade.”

O deputado disse ter feito uma sugestão ao ministro Moro: não ter progressão de regime para quem comete crime contra militares federais e estaduais no exercício da função, contra policiais civis e federais, segurança privada e agentes penitenciários. “Quando alguém atira num policial fardado, num bombeiro, está atirando no coração do Estado.”

Além do ministro, receberam a sugestão de Lima os 81 senadores e os 513 deputados federais. Ele está promovendo um abaixo-assinado sobre este assunto no país todo com o lema #pelaleipelavida. “É uma contribuição para que diminuam as mortes destes agentes do Estado.”

Universidades
A deputada Ana Campagnolo (PSL) tratou de questões relacionadas às duas universidades federais do Estado: a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e exibiu um vídeo sobre a eleição e nomeação do novo reitor da UFFS, Marcelo Recktenvald.

A parlamentar criticou alunos que não aceitam a nomeação do reitor – que fazia parte da lista tríplice entregue ao presidente Jair Bolsonaro – mas que havia ficado em terceiro lugar na votação. “Um pequeno grupo de alunos, marcado pelo extremismo de esquerda, não aceitou o reitor. Não aceitam a indicação e a alternância de poder. Bolsonaro indicou um da lista tríplice.”

Ana Campagnolo também criticou a postura do reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar, que apareceu no vídeo apoiando o movimento de ocupação e de greve na UFFS. “É um corporativismo dos professores.”

Em aparte, o deputado Jair Miotto (PSC) concordou com a deputada. “Quero declarar meu apoio ao reitor Marcelo, que é pastor. Na Europa e EUA, teve muita influência dos pastores nas universidades”, disse Miotto. “É por ser pastor que ele está sendo rechaçado”, completou Ana Campagnolo.

Em outro aparte, o deputado Coronel Mocellin (PSL) apoiou a decisão do presidente da República. “Se tem lista tríplice, pode ser qualquer um dos três. Se fosse para indicar somente o primeiro, só mandava o nome dele.”

Miotto comparou o caso com a escolha do novo procurador geral da República. “É prerrogativa do governo eleito. O presidente está fazendo o papel para o qual foi eleito”, disse o deputado, que defendeu a rotatividade no poder e pluralidade de opiniões.

Ana Campagnolo declarou que os estudantes contrários à greve na UFSC estão sendo coagidos, segundo ela, “por causa do espírito antidemocrático da esquerda.”

“Os estudantes de medicina decidiram não entrar em greve e foram pressionados por pessoas do departamento de ciências humanas. É um cenário de balbúrdia, não tem outra palavra.”

Contraponto
A deputada Luciane Carminatti (PT) fez um contraponto às falas dos colegas sobre as universidades. A petista defendeu a nomeação do candidato mais votado da lista tríplice para a reitoria da UFFS e garantiu que a rejeição ao reitor nomeado pelo presidente não tem qualquer relação com a religião professada por ele.

“Temos profundo respeito pelos evangélicos, mas estamos tratando de reitor de universidade federal. (A nomeação) É legal, mas é imoral, é antiético. Este candidato recebeu 21% dos votos, nem foi para o segundo turno. É um interventor, nem é reitor”, disse a deputada.

Carminatti destacou que o presidente da República não tem poderes ilimitados. “Esse presidente foi eleito, mas não para fazer o que quer, mas para obedecer ao ordenamento jurídico, à Constituição”, afirmou. “Quem elegeu não está dando carta branca para fazer o que quer. O Brasil tem história, tem passado, e o presidente tem que entender isso. Parabéns à comunidade acadêmica. Meu candidato ficou em segundo, não estou pedindo por ele, mas pelo primeiro colocado.”

UFSC
O deputado Jessé Lopes (PSL) também falou da UFSC. Ele exibiu um vídeo no qual circula pelo campus da universidade em Florianópolis para defender o programa Future-se, do governo federal. Nas imagens, alunos arrancam os cartazes do programa que o deputado havia colado. “O clima é hostil, de alienação e depredação do patrimônio público”, afirmou. “Lamentavelmente, é isso que tem na UFSC. É um lugar hostil e antidemocrático.”

Luciane Carminatti criticou a atitude de Jessé e disse que se ela, “deputada de esquerda , fosse a alguma manifestação do MBL ou do Endireita, seria linchada, violentada”. “Ir até a UFSC provocar é molecagem. Seu papel como deputado do partido do governo é ser o interlocutor, não de arrumar encrenca. Fez papel de moleque. Nem estudante é”, atacou. “Temos que ser maiores do que isso. Segunda tem audiência pública para tratar do assunto. Espero que todos que dizem estar preocupados estejam lá. E não é só aqui, mas no Brasil todo.”

O deputado Bruno Souza (sem partido) contra-atacou. “Fico impressionado, horrorizado com o que eu ouvi. Deputada dizendo que se provocou, deve apanhar”, protestou. Na manhã desta quarta-feira (11), o deputado disse ter sido agredido na UFSC por não ter aderido a um abaixo-assinado pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não ouvi nenhuma menção a essa agressão.”

“Não acredito nem avalizo ato violento. Repudio qualquer ato de agressão – e todo defensor da democracia deveria repudiar. Violência não é argumento. Que pena que não ouvi repúdio à violência”, disse Souza.

Em aparte, Ana Campagnolo prestou solidariedade e se disse indignada com as acusações de agressão nas passeatas dos grupos de direita. “As passeatas de direita são sempre muito ordeiras, até passam humilhações de esquerdistas para não revidar agressão.”

Campagnolo relembrou agressões cometidas por militantes de esquerda, como uma tentativa de homicídio ocorrida em São Paulo e a facada no então candidato Jair Bolsonaro. “É indignante deputado justificar violência.”

Jessé Lopes desafiou Carminatti a achar um vídeo com agressões cometidas por militantes de direita e repudiou a acusação de provocação. “Não estava provocando, mas defendendo o Future-se.”

Negacionismo
Os problemas financeiros enfrentados pelas universidades federais foram destacados pelo deputado Bruno Souza. De acordo com o parlamentar, há um “negacionismo” na universidade. “Se a UFSC está com problema, vou dizer por quê. Grande parte é adepta do negacionismo dos problemas. Por isso gasta 90% de orçamento com pessoal e aposentados. Nunca houve gestão de prioridades. Quando a sociedade enfrenta abismo fiscal, como hoje, negam tudo”, explicou. “Não discute problema, só faz barulho.”

Bruno Souza aproveitou para criticar a gestão petista à frente do Ministério da Educação. O MEC aumentou mais de 100 mil funcionários. O PT gosta disso, de cabide de empregos, mas os resultados brasileiros são os piores da OCDE.”

 

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