Deputados de vários partidos questionaram o rigor excessivo aplicado ao teste psicotécnico do concurso público da Policia Militar durante a sessão de quarta-feira (2) da Assembleia Legislativa.
“Nossa preocupação com muitos que estão fazendo concurso para PM e foram reprovados no exame psicotécnico, quase 50% dos candidatos reprovados, o problema teria sido a exigência de que os testes corroborassem as 22 características do exame psicotécnico, uma exigência fora da curva normal dos exames”, argumentou Ricardo Alba (PSL).
Segundo deputado, no concurso de 2015 os candidatos foram aprovados cumprindo 13 das 22 características exigidas.
“Nos concursos da Polícia Federal o percentual de cumprimento fica entre 40% a 70%”, comparou Alba, que previu uma onda de ações judiciais contra a exigência.
Maurício Eskudlark (PL), Valdir Cobalchini (MDB) e Sargento Lima (PSL) concordaram com o colega e sugeriram diálogo com o Executivo.
“Vamos colher informações junto ao Comando e ao secretário de Segurança, sabemos da boa vontade dele”, ponderou o líder do governo.
“Recebi algumas reclamações sobre o mesmo assunto, penso que há exagero neste critério que frustra 1,2 mil jovens candidatos. Sugiro uma ação imediata para que providências sejam tomadas, não tenho história de precedentes em concursos públicos em que uma quantidade tão grande tenha rodado no psicotécnico”, declarou Cobalchini.
“Já aconteceu em outras oportunidades, por isso a nossa preocupação constante, a palavra chave de tudo isso é frustração”, avaliou Lima, referindo-se aos sonhos dos candidatos reprovados.