XAutor: Redação ClicSC
Foi anunciado nesta terça-feira (24), a ampliação da análise de água do mar nas principais praias de Santa Catarina. A alteração foi feita através da assinatura de um termo de cooperação entre órgãos estaduais. A metodologia de avaliação não muda com a medida, mas busca mais agilidade na atualização da condição das praias, garantindo maior precisão da balneabilidade.
Conforme estava sendo feito anteriormente, com frequência de coleta de uma vez por semana durante a alta temporada, um ponto de análise demorava pelo menos 28 dias para ser atualizado como próprio após um resultado impróprio. Esse tempo pode cair pela metade, no melhor dos cenários, com o aumento no número de análises, segundo a presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Scheila Meirelles.
Ela explica que, quando um ponto recebe o resultado impróprio, são necessárias quatro análises com o resultado positivo para que volte a receber a classificação de próprio, com a placa na praia. Com esse novo formato, as quatro análises serão concluídas dentro de 14 dias.
Dessa maneira, os pontos também podem ser convertidos como impróprios com mais facilidade. Por isso, o IMA afirma que, com mais testes, a análise passará a “refletir melhor as condições ambientais dos pontos amostrados, servindo de apoio para as ações de melhoria de saneamento, demonstrando quais são realmente efetivas”.
Serão 82 pontos do litoral com duas coletas de amostras por semana e que poderão ser atualizados com mais frequência. Segundo Meirelles, os locais foram escolhidos por serem os balneários mais sensíveis em contaminação e que têm apresentado resultados impróprios por várias semanas consecutivas.
O IMA estuda iniciar a segunda coleta da semana nesses locais na próxima sexta-feira (27). De acordo com o termo de cooperação que possibilita essa medida, a programação com duas análises por semana está prevista para durar até 31 de março.
Além disso, as áreas com o dobro de coleta de água também passarão por uma análise da carga viral e a informação será agregada aos relatórios. Questionada, a assessoria do instituto confirmou que a epidemia de diarreia causada por norovírus em Florianópolis contribuiu para a decisão de verificar a presença de vírus nas amostras.
Veja a lista das cidades que terão o dobro de análise:
Como é feita a análise
O monitoramento é realizado em 27 municípios litorâneos de SC e mais de 100 praias e balneários. O parâmetro indicador básico para a classificação das praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de coliformes fecais. A água é considerada própria quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros, e imprópria quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas, no mesmo local, for superior que 800 Escherichia coli por 100 mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.
Fonte: Clicsc
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