O ex-presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito reeleito de Tubarão, Joares Ponticelli (Progressistas), afirmou nesta quarta-feira (10) que a entidade passa pela maior crise em 40 anos de história e que será necessário “um mutirão para reconstrução da federação”. Ele é um dos membros dos conselhos da Fecam que pediram renúncia dos cargos em protesto às ações do atual presidente, Clenilton Pereira (PSDB), prefeito de Araquari.
“Estou vendo [esse momento] com muita tristeza, estou muito apreensivo com tudo isso. A Fecam tem 40 anos e nunca passou por uma crise desse tamanho, com essa intensidade. É muito perigoso fazer esse tipo de mudança assim tão radical”, disse o ex-presidente.
Ele criticou a demissão de funcionários tradicionais da entidade e também a falta de discussão entre o conselho executivo. Além disso, afirmou que esse é um momento “temerário” para a Fecam, já que pode afetar os serviços que a Federação presta, como os sistemas de tecnologia para os sites das prefeituras.
“A Fecam investiu nessas pessoas que são técnicos e que não podem ficar sujeitos a vontade do presidente de plantão, até porque o presidente da entidade é um representante político dela, muda a cada ano. A gestão tem que ser técnica e continuada. Eu passei por lá e não fiz nenhuma mudança porque a equipe é muito boa”, acrescentou.
Em cenário incerto, o grupo dissidente aguarda posicionamento do atual presidente para tomar outras atitudes. Pereira foi procurado, mas não respondeu à reportagem.