Polícia Civil de SC encerra 2024 com mais de 30 operações contra a corrupção
Ações envolveram cinco estados, resultando em 48 prisões e bloqueio de R$ 22 milhões
Glória Maria foi uma pioneira no ramo de jornalismo do Brasil, inspirando mulheres brasileiras a persistirem a crescer profissionalmente.
A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu na manhã desta quinta-feira (2), aos 73 anos. A ícone da TV brasileira que mostrou em alta definição mais de 100 países, morreu vítima de um câncer no cérebro.
A jornalista foi a primeira mulher negra da televisão brasileira, a primeira a entrar ao vivo em um jornal com imagem em cores e pioneira também ao se tornar a primeira pessoa no país a usar a Lei Afonso Arinos para denunciar e se proteger contra o racismo.
A representatividade de mulheres negras que constituem mais de 41 milhões de pessoas no país, influenciou gerações.
A jornalista Andréa da Luz, diz que boa parte da sua carreira de deve à Glória Maria.
“Ela sempre foi uma inspiração, desde que a vi na TV quando criança. Meu contato com o jornalismo começou aos 16 anos, no meu primeiro emprego de carteira assinada, como auxiliar de redação. Na época, um radialista da cidade me chamava Glória Maria, e eu achava um elogio sem tamanho. Depois seguiu outros rumos, me formei engenheira química, mas o sonho estava ali guardado. Até que não suportei mais ver a Glória Maria fazendo grandes reportagens pelo mundo enquanto eu ficava dentro de um parque industrial, e tomei a decisão de mudar”, conta.
E continua:
“Para mim, ela se equipara ao Pelé. Mas não por ser a melhor de todas as jornalistas, mas por ter a mesma força simbólica, de ícone, de ser alguém que inspirou gerações e servir como exemplo para tantas grandes jornalistas negras que vieram depois dela”, fala.
A jornalista reforça que ela e muitas se espelhavam na apresentadora como exemplo de força e de coragem, por ser pioneira e acreditar, quando não tinha em quem se espelhar.
A pedagoga Wandilma dos Santos Rodrigues, de 60 anos, também reforçou a importância da representatividade da apresentadora.
“Glória Maria era uma mulher de garra, guerreira mesmo. Ela se impôs como profissional e como ser humano no trabalho que ela exercia. Tudo aquilo era desafiador. Isso faz com que nós possamos como mulheres negras nos sentir um pouco realmente representadas”, conta.
Rodrigues acompanhou a trajetória da jornalista desde o começo, e fala das lembranças.
“Nas reportagens, ela consegue tirar coisas que outros profissionais, talvez homens ou pessoas brancas não conseguiriam”, diz.
Outro exemplo deixado por Glória foi a maternidade. A pedagoga conta que vê-la como mãe era também inspirador.
“Ela foi mãe solo e adotou duas filhas. Mesmo trabalhando se fez presente. A gente acompanhava que seus filhos tinham um nível cultural muito bom. Quem não se sente orgulhoso de ver uma mulher negra desse nível? “, questiona.
Em um programa exibido em 2020 na Globo, Glória Maria falou sobre racismo.
“Racismo é uma coisa que eu conheço, que eu vivi, desde sempre. E a gente vai aprendendo a se defender da maneira que pode. Eu tenho orgulho de ter sido a primeira pessoa no Brasil a usar a Lei Afonso Arinos, que punia o racismo, não como crime, mas como contravenção. Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas ele se livrou da acusação pagando uma multa ridícula. Porque o racismo, para muita gente, não vale nada, né? Só para quem sofre”, relatou.
Nascida em Vila Isabel, no Rio, filha de um alfaiate e de uma dona de casa, Glória Maria se formou pela PUC quando apareceu na tela da Globo pela primeira vez em novembro de 1971. Na época, ocorreu o trágico desabamento do elevado Paulo de Frontin.
A jornalista fez entrevistas históricas nos anos seguintes. Nomes como Freddie Mercury, durante o primeiro Rock in Rio, em 1985, e o general João Baptista Figueiredo, o último ditador do regime militar. “Ele não me suportava”, contou ela a Pedro Bial numa entrevista de 2020. “Passei todo o governo ouvindo ‘tira aquela neguinha da Globo daqui’.”
Fonte: Clicsc
Serviço de rastreio mostra onde ele está e quantos presentes foram entregues
Lojas de Florianópolis, Balneário Camboriú, Barra Velha, Navegantes e Porto Belo funcionarão em horário especial durante o fim de ano e início de 2025; veja quais são
23 criadores de conteúdo receberam press-kits exclusivos para promover o lançamento do macarrão em formato da família Rei Leão, parte da linha Zero Glúten Kids
Badalado coquetel de lançamento movimentou a loja no Balneário Shopping
Unidade da marca de varejo foi aberta nesta quinta-feira (19)
Ações envolveram cinco estados, resultando em 48 prisões e bloqueio de R$ 22 milhões