Israel Martins Lourenço, de 7 anos, residente em Palhoça, teve uma vitória rara sobre a morte súbita.
Em 14 de março, ele sofreu um evento de morte súbita abortada por arritmia grave enquanto estava na escola. Seu professor de Educação Física iniciou a massagem cardíaca, e um segurança realizou respiração boca a boca, o que salvou sua vida.
Fonte: Divulgação
Depois de passar por exames, ele foi diagnosticado com a Síndrome do QT Longo, uma doença cardíaca rara. No dia 26 de abril, ele passou por uma cirurgia no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, para a colocação de um cardiodesfibrilador implantável, adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde ao custo de R$ 90 mil, após determinação do governador Jorginho Mello e da secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
Foi a primeira vez que a doença rara de Israel foi diagnosticada em um paciente em 30 anos de registros médicos no hospital. A mãe de Israel, Débora Martins Lourenço, expressou sua gratidão por Deus dar aos médicos a sabedoria para encontrar uma solução e dar ao seu filho uma nova chance. Agora, Israel se recuperou bem e poderá voltar a viver uma vida normal de criança.
A Síndrome do QT Longo, explica a cardiologista, é um problema complexo dentro do coração, diagnosticado com exame de eletrocardiograma. “O nome da síndrome vem do fato de que podemos ver o intervalo QT do eletrocardiograma alargado. Quanto mais alargado, pior as consequências. Nos preocupamos tanto com a Síndrome do QT Longo em crianças porque é uma síndrome muito relacionada à morte súbita. Existem outros tipos de manifestações da doença, como palpitações, convulsões e a síncope, que é o desmaio”, descreve.
O aparelho
Gustavo Galli Reis, cardiologista e supervisor técnico na região Sul do país, realizou a cirurgia de implantação do cardiodesfibrilador implantável (CDI) em Israel Martins Lourenço.
O aparelho é capaz de reverter arritmias graves que podem levar à parada cardíaca. O CDI é composto por um gerador de pulsos e eletrodos que monitoram o coração 24 horas por dia e emitem impulsos elétricos em caso de parada cardíaca.
O aparelho implantado em Israel é uma tecnologia nova, que não precisa ser inserida dentro do coração ou das veias. Em vez disso, é implantado por fora na caixa torácica, oferecendo proteção ao paciente.
Como Israel é muito jovem, o uso do material fornecido pelo SUS exigiria várias substituições ao longo de sua vida, o que não será necessário com o aparelho adquirido pelo Estado. Ele precisará fazer acompanhamento a cada seis meses e trocar o aparelho após seis anos.
Karoline Moura é formada em Design pela PUC PR, Social Media e Copywriting de ecoturismo, atua tanto em empresas de viagens e turismo, como editora no portal ClicSC.
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