Com o objetivo de reduzir as filas de espera para procedimentos cirúrgicos eletivos em Itajaí, a Secretaria de Saúde da cidade credenciou na última sexta-feira (5) dois hospitais para um mutirão de cirurgias. A iniciativa tem um investimento total de R$ 30 milhões e tem como meta realizar mais de 5 mil procedimentos cirúrgicos e 22 mil consultas ambulatoriais pré e pós-operatórias.
Os procedimentos eletivos foram adiados durante a pandemia de Covid-19, o que gerou um aumento nas filas de espera. O credenciamento dos hospitais prevê, além das cirurgias, o fornecimento de leitos de UTI e mais de 500 próteses, órteses e materiais necessários para as cirurgias.
Cada hospital credenciado deve realizar mais de 400 procedimentos eletivos por mês em áreas como visão, aparelho circulatório, sistema nervoso, mamas, torácicas, aparelho digestivo, ortopédicas, entre outras. A ação conta com a participação do Hospital Imigrantes, em Brusque, e do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí.
Segundo o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, o mutirão de cirurgias é um trabalho que vai se refletir em toda a cidade e beneficiar milhares de pessoas, que são a prioridade da administração municipal. Ele acredita que os resultados serão muito positivos para a efetiva redução das filas de cirurgias eletivas.
Os primeiros procedimentos foram realizados no sábado (6) no Imigrantes Hospital e Maternidade. Ao todo, seriam feitas 36 cirurgias urológicas até a segunda-feira (8) em pacientes que aguardavam há mais tempo na fila.
O Hospital Marieta Konder Bornhausen também tem capacidade para iniciar o mutirão de imediato e irá alinhar com a Secretaria de Saúde o início dos procedimentos nos próximos dias. Segundo o secretário de Saúde de Itajaí, Emerson Duarte, a cidade tem filas de cirurgias represadas desde 2018, com mais de 4.600 pessoas aguardando por procedimentos, desde os mais simples até os mais complexos.
Para facilitar o acesso dos pacientes ao atendimento, o município irá fornecer transporte para todos os pacientes do mutirão que realizarem o procedimento em Brusque. A expectativa da Secretaria de Saúde é que em aproximadamente seis meses a demanda reprimida de cirurgias eletivas na cidade seja zerada.