O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou nesta segunda-feira (10) que todas as escolas públicas estaduais do estado terão um policial armado em suas dependências. A medida, que deverá ser implementada em até 60 dias, tem como objetivo garantir a segurança dos alunos e professores.
Serão contratados policiais militares, civis e bombeiros da reserva para atuar nas escolas, com um custo anual previsto em R$ 70 milhões. O anúncio foi feito em resposta ao ataque na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, que resultou na morte de cinco crianças na última semana.
O governador explicou que serão chamados policiais aposentados, que têm experiência e credibilidade, para trabalhar nas escolas. Cada unidade de ensino terá um profissional fardado e armado dentro de suas instalações.
Ao ser questionado sobre a colaboração das prefeituras nessa medida, Jorginho afirmou que cada município é responsável pela gestão de suas próprias escolas e creches, mas que haverá colaboração para garantir a segurança de todos.
Desde o ataque em Saudades, ocorrido no ano passado, o governo havia anunciado a colocação de vigilantes em mais de mil unidades estaduais, mas a iniciativa nunca foi discutida com a categoria. Agora, após o ocorrido em Blumenau, a discussão sobre segurança nas escolas voltou à tona.
Em Blumenau, a prefeitura está discutindo a possibilidade de contratar policiais militares da reserva ou bombeiros para atuar nas 128 unidades de educação estadual. Caso isso não seja possível, a prefeitura irá agilizar a contratação de segurança privada e armada.
Já em Florianópolis, as escolas e creches da rede municipal passarão a ter a segurança feita por pelo menos um agente da Guarda Municipal a partir desta segunda-feira (10). Os agentes chegarão nas unidades antes da abertura, farão vistorias nos ambientes internos, acompanharão a entrada dos alunos e farão rondas nos arredores.
O anúncio da medida de segurança em Santa Catarina ocorre em meio a um debate nacional sobre o tema. Em março deste ano, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que prevê a presença de policiais e guardas municipais nas escolas públicas. A proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados.