Justiça condena homem que matou advogada em BC e manteve corpo no apartamento por uma semana

A Justiça condenou a 18 anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado, Paulo de Carvalho Souza, pelo homicídio da advogada Lucimara Stasiak, de 29 anos. Ela foi assassinada em 2019, com 16 golpes de faca e asfixia em um apartamento no Centro de Balneário Camboriú. Na época, o crime chocou o Brasil.

Na quarta-feira (25), os jurados atenderam a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina e consideraram ele culpado por homicídio quadruplamente qualificado: sendo feminício no contexto da violência doméstica, por motivo torpe (ciúmes); ter sido executado por meio cruel e de forma que impossibilitou a defesa da vítima.

Paulo estava com a vítima no apartamento no dia 28 de março de 2019 quando o crime aconteceu. Testemunhas relataram que o acusado, durante o relacionamento, controlava a vida dela, roupas, amizades e até mesmo lugares que a advogada podia frequenta. Ele mantinha um verdadeiro sentimento de posse sobre a companheira, segundo relatou a denúncia do Ministério Público.

Vizinhos chegaram a relatar terem escutado brigas do casal e gritos. O crime teve grande repercussão nacional. Paulo ainda manteve após o assassinato o corpo da esposa dentro do apartamento. Para isso, ele usou produtos químicos e gelo, na tentativa de mascarar o odor do cadáver. Diante do comportamento suspeito, os vizinhos acionaram a Polícia Militar.

No local, os policiais conversaram com Paulo, que disse que a companheira havia ido visitar a avó, em Blumenau. Com a insistência dos agentes, ele acabou confessando o crime. Ele ainda ameaçou tirar a própria vida, e, após 24 horas de negociações, acabou se rendendo. Atuou pelo Ministério Público, perante o júri, o Promotor Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto, da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú.