Santa Catarina tem mais uma região de cultivo de ostras e mexilhões interditada devido à presença de toxina diarreica. A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anunciou, nesta quarta-feira, 11, a proibição da retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia, na Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis.
Essa é a quinta área de cultivo interditada no estado – Barra e Laranjeiras, em Balneário Camboriú; Armação do Itapocorói, em Penha, e Ponta do Papagaio, em Palhoça, seguem com restrições. A medida foi necessária após análises laboratoriais detectarem a presença de ácido ocadaico nos cultivos de moluscos bivalves dessas regiões.
Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. “Em Santa Catarina o monitoramento dos moluscos é constante e rotineiro. A maré vermelha é um processo natural. Seguiremos atualizando as informações e emitindo alertas até que a situação no litoral catarinense esteja normalizada”, explica o secretário da pasta, Ricardo de Gouvêa.
20ª Fenaostra
A interdição dos cultivos da Ponta do Papagaio e Caieira da Barra do Sul não deve interferir no andamento da 20ª Fenaostra, em Florianópolis. Nas últimas semanas, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) alertaram os maricultores e donos dos estabelecimentos para que colhessem as ostras e fizessem um estoque como forma de prevenção.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.