Uma expressiva massa de ar frio com trajetória continental está em movimento e deve gerar um significativo choque térmico no Sul do Brasil nos próximos dias. Após um período de calor, o fenômeno, chamado de friagem, deve impactar principalmente Argentina, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, podendo atingir até o sul da região Amazônica.
Apesar da iminente chegada do frio, o calor deve permanecer até sexta-feira, com temperaturas máximas atingindo até 30°C em algumas regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A mudança drástica de calor para frio será desencadeada por uma frente fria que deve cruzar o sul do Brasil no fim de semana. Espera-se que a frente se mova rapidamente, provocando temporais com vendavais e chuvas fortes em algumas localidades.
Conforme a última atualização do modelo ECMWF, entre os dias 12 e 19 de junho, espera-se a atuação de uma intensa massa de ar frio, com anomalias negativas de temperatura de até -3 a -6°C. Há uma pequena possibilidade de ocorrência de neve nas áreas mais altas da Serra Geral do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Segundo as previsões, este poderá ser o evento de frio mais intenso do ano. Com a presença do fenômeno El Niño, os eventos de frio costumam ser menos frequentes e de menor intensidade. Isso pode resultar em um inverno e primavera mais quentes que o normal.
As temperaturas mais baixas devem ser registradas no sul, especialmente nas áreas de maior altitude do norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e centro-sul do Paraná. As menores temperaturas podem atingir 0°C. Em áreas do sul do Mato Grosso do Sul e sul de Minas Gerais, as temperaturas devem ficar abaixo dos 10°C nos períodos mais frios.
Os dias mais frios devem ser próximos ao dia 19, com o ar frio alcançando o Norte e ocorrências de geadas abrangentes nos três estados da Região Sul. No entanto, os modelos de previsão ainda não têm clareza sobre a intensidade do evento.
Este sistema frontal poderá provocar chuvas intensas e volumosas entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os acumulados de chuva podem ultrapassar os 70 mm em algumas regiões de Santa Catarina. O aquecimento das águas do Atlântico Sul fornece um combustível extra para o desenvolvimento das nuvens de chuva.
Fontes: Metsul e Tempo.com