O médico Gustavo Deboni da Silva está proibido de exercer a profissão por seis meses. Segundo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o profissional é suspeito de abreviar a vida de oito pacientes entre os anos de 2017 e 2019 no Hospital Marieta Konder, em Itajaí.
O médico também atuava no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A suspensão foi anunciada pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), nesta quarta-feira (26).
O médico declarou sempre ter exercido a medicina de forma íntegra e ética nos 20 anos de carreira. Segundo ele, tudo será esclarecido em breve. “Sobre a decisão preliminar, não tive ainda a oportunidade de me defender, que reafirmo, será realizada da forma correta. Isso apenas representa uma questão política em virtude do cargo que ocupava”, alega Deboni, que atua na gerência médica do Marieta.
Os fatos, supostamente ocorridos entre os anos de 2017 e 2019, chegaram ao conhecimento do MPSC, em meados de março de 2020, por intermédio de representação encaminhada pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
A 13ª Promotoria de Justiça de Itajaí também já requisitou a instauração de Inquérito Policial à Divisão de Investigação Criminal (DIC), de Itajaí, para que seja apurada a eventual prática de crimes contra a vida. O inquérito foi instaurado e está em tramitação.