Em agosto duas gerentes de um banco em Blumenau foram vítimas de um suposto sequestro. A investigação acabou desvendando um esquema criminoso milionário que contou com a ação de outro gerente do banco, colega das colaboradoras levadas como reféns.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo dos criminosos era roubar os computadores das vítimas para pegar dados de contas bancárias. Mais de R$2,6 milhões foram extraídos de diversas contas pelos criminosos. O destino do dinheiro está sendo investigado.
O delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Rodrigo Raitez, informou que após obter imagens foi comprovado que não se tratava de um caso de sequestro, mas de roubo. Diante desses novos detalhes foi identificado os executores e revelado a estrutura criminosa orquestrada pelo grupo que atua em todo o Brasil.
No Rio de Janeiro, hackers, aliciaram colaboradores de instituições financeiras e conseguiram ajuda para transferir valores de contas bancárias.
SUPOSTO SEQUESTRO
Em agosto três homens, um deles armado, renderam as duas funcionárias da instituição financeira, uma delas estava grávida, no pátio da Loja Havan, em Indaial. Eles haviam seguido as vítimas desde a Avenida Beira Rio em Blumenau, local da agência bancária, até Indaial, fizeram elas de refém e as obrigaram a entrar no carro de uma delas.
O gerente do banco foi uma das peças essenciais para que o crime acontecesse. Para receber R$500 mil, ele ficou responsável por repassar informações privilegiadas aos criminosos, como rotina das vítimas e senhas e logins de acesso ao sistema do banco.
MANDADOS DE PRISÕES
Na manhã desta quinta-feira, 08, foram cumpridos mandados de prisão preventiva dos três envolvidos no caso do suposto sequestro.
Um deles foi morto em confronto com a PM, um está foragido e o outro um adolescente, que foi apreendido pela DIC em Itajaí e encaminhado ao Casep.
Outro integrante do grupo, um homem que mora em Santo Ângelo (RS), e seria o líder de uma facção criminosa gaúcha, com extensa ficha criminal, que foi o responsável por arquitetar e operacionalizar o crime também foi preso.
Em Blumenau foi preso um empresário e ex-jogador de futebol profissional, com passagens pelo Paulista de Jundiaí, em São Paulo, e clubes do exterior, ele foi a pessoa que intermediou o contato entre os criminosos e instigou o gerente a aceitar a proposta. Para sua atuação ele também ganharia uma porcentagem dos valores subtraídos do banco.
APREENSÕES
Foi recuperado um celular e apreendido um dos notebooks roubados, após um dos integrantes que mora em Santo Ângelo ter enviado o aparelho pelos Correios.
Os envolvidos responderão pelos crimes de roubo, furto, organização criminosa e corrupção de menores. A investigação ainda está em andamento para identificar todos os integrantes do grupo criminoso.