Um morador de Itapema, Marcos Hoeschl, passou por uma situação constrangedora na noite de segunda-feira (3) ao tentar utilizar um carro de aplicativo com seu cão-guia, uma labradora preta chamada Dubai, que o auxilia a enxergar. Segundo relatos, Hoeschl foi impedido de entrar no veículo pelo motorista por estar com o animal, gerando revolta e indignação.
De acordo com a legislação brasileira, é um direito do deficiente visual ter o acompanhamento de seu cão-guia em todos os estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo, incluindo carros de aplicativo. Os cães-guia são fundamentais para proporcionar independência e qualidade de vida aos deficientes visuais, permitindo que possam se deslocar com segurança e autonomia.
Marcos Hoeschl afirma ter tentado argumentar com o motorista, mas sem sucesso. Sentindo-se discriminado e lesado em seus direitos, ele anunciou que entrará com um processo, uma vez que o motorista cometeu um crime. Infelizmente, essa não é a primeira vez que situações como esta acontecem com usuários de cães-guia, não só em carros de aplicativo, mas também em estabelecimentos comerciais e até mesmo na praia.
A Lei Federal 11.126/05 garante o direito de acesso dos deficientes visuais aos cães-guia em todos os espaços públicos e privados de uso coletivo. A recusa do motorista em aceitar o cão-guia configura uma infração que pode resultar em penalidades. É importante ressaltar que o cão-guia não é um animal de estimação, mas sim um auxiliar técnico para pessoas com deficiência visual, e deve ser respeitado como tal.
Em entrevista, Marcos Hoeschl pediu por mais empatia, não só por parte dos motoristas, como da população em geral, para que situações como esta não se repitam. Ele destaca a importância de conscientização e respeito aos direitos dos deficientes visuais e seus cães-guia.
É importante lembrar também que os cães-guia estão trabalhando e não devem ser tocados ou interagidos quando estiverem utilizando seus coletes de trabalho. Dubai, a cão-guia de Marcos, foi socializada, treinada e fornecida pela Escola Helen Keller, em Balneário Camboriú. A missão da escola, assim como dos cães-guia, é de grande importância e deve ser respeitada por toda a população.
Helen Keller
A missão da escola, assim como dos cães-guia, é muito nobre. A Escola Helen Keller, localizada em Balneário Camboriú, tem uma missão nobre: treinar cães para apoio, saúde e inclusão social. Além dos cães-guia, a escola também treina cães de apoio emocional, de terapia assistida e de companhia. A iniciativa busca ajudar pessoas com deficiência visual e outras necessidades especiais a terem mais independência, segurança e qualidade de vida. O trabalho da escola é fundamental para promover a inclusão e garantir os direitos dessas pessoas, que muitas vezes enfrentam dificuldades para se deslocar e realizar tarefas cotidianas.
Conheça a história de Marcos