Novas enchentes atingem Rio do Sul e Taió; Defesa Civil age e chuvas não dão trégua

O município de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, enfrenta novos desafios com uma enchente em progresso. Na manhã desta sexta-feira (3), o rio Itajaí-Açu registrou uma rápida elevação de 81 centímetros entre as 4h e as 7h, superando os 6,5 metros de altura. Apesar da situação, a prefeitura relata que não houve incidentes críticos nas últimas horas.

Com a enchente em Rio do Sul, áreas comuns de alagamento já estão afetadas. A Ponte da Ximbica, um dos pontos críticos, está inacessível, obrigando os cidadãos a procurarem rotas alternativas. A prefeitura indica que as inundações atuais não são atípicas para a região.

Para acomodar os afetados, seis abrigos foram estabelecidos, hospedando famílias que já estavam desalojadas devido a inundações anteriores. Nestes centros, um total de 182 pessoas já busca refúgio.

A situação também é preocupante em Taió, onde o chefe da Defesa Civil local anunciou a previsão de o rio Itajaí do Oeste atingir a marca de 10 metros. Duas áreas foram designadas para servir de abrigos – uma para armazenamento de bens e outra para moradia temporária das famílias deslocadas.

A região se vê ainda mais vulnerável, já que a barragem Oeste em Taió está vertendo, o que significa que as chuvas nas regiões acima não estão sendo contidas, aumentando o risco de inundações em Taió.

Com o alerta de enchente, a Defesa Civil instrui comerciantes e moradores das áreas mais baixas a evacuarem seus imóveis para evitar perdas materiais e riscos à segurança.

No que se refere às barragens do Alto Vale do Itajaí, a situação é tensa. A barragem de Ituporanga é a única com uma comporta aberta. As demais, incluindo a barragem Oeste e a barragem Sul em Ituporanga, estão com comportas fechadas e níveis de água preocupantes.

Na barragem José Boiteux, crítica para a região de Blumenau, o reservatório acumula 35,65 metros de água, e sua ocupação, que já ultrapassa os 60%, segue em elevação devido às chuvas contínuas.

Os órgãos de defesa e segurança continuam em alerta, monitorando as condições dos rios e barragens e coordenando esforços de resposta à medida que a situação se desenvolve.