A segunda fase da Operação Irmandade, que visa atingir uma nova célula financeira de organização criminosa, apreendeu, em Itapema, mais de R$3 milhões em bens e imóveis de luxo usados por traficantes para lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio de agentes de Itapema, esteve em uma das residências alvo da operação, que seria usada para lavar o dinheiro vindo do tráfico de drogas.
O alvo dessa operação era um gaúcho, alvo de prisão preventiva, que, segundo a polícia, tinha funções de gerência na organização. Ele está foragido do sistema prisional, desde a fase 1, em julho desse ano, suspeito de operações logísticas e financeiras ilegais.
Dezenas de relatórios de investigação da polícia nas duas fases confirmaram uma movimentação anual ilícita de R$ 120 milhões no sistema financeiro, entre as pessoas físicas e jurídicas investigadas, além de imóveis e veículos, em constante troca de valores.
Cinco suspeitos, entre líderes e gerentes da organização, já foram indiciados na operação, pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crime organizado. Todos tiveram a prisão preventiva decretada, mas dois seguem foragidos.
A Operação Irmandade apura a associação entre criminosos gaúchos com uma facção de amplitude nacional, com divisão de tarefas e intercâmbio de operadores logísticos e financeiros atuam em outros seis Estados brasileiros. Um dos alvos, preso na fase 1, é um grande operador logístico da facção nacional e principal elo com os líderes da célula gaúcha. Ele atuava pilotando aviões, em uma rede muito complexa de distribuição de entorpecentes nas regiões sul e norte do País, inclusive com suspeita de compra de hangares.