Na segunda-feira (1), o pai achou o próprio filho morto, em Abelardo Luz, no Oeste do Estado. O jovem de 28 anos, estava desaparecido há dias. O corpo dele estava em avançado estado de decomposição. Segundo informou o ND+, o rapaz era natural de Santo Ângelo (RS), mas trabalhava em uma empresa de instalações elétricas na cidade catarinense. Ele era usuário de drogas e, conforme a polícia, teria chegado no município há poucos dias para auxiliar os colegas em um serviço.
O jovem desapareceu no domingo, dia 21 de fevereiro, e os colegas dele registraram um BO (Boletim de Ocorrência) relatando o desaparecimento, o que levou à Delegacia de Polícia Civil de Abelardo Luz a investigar o caso. Segundo o delegado Marcelo Fernando Tescke, foram coletadas diversas imagens de câmeras de monitoramento que auxiliaram a polícia a descobrir os últimos passos do rapaz.
“Descobrimos que no domingo ele foi várias vezes em um posto de combustíveis comprar cerveja. Já à tarde ele foi visto saindo de casa com um rolo de fios de cobre e fez a venda em uma empresa de reciclagens em Abelardo Luz. As 21h10, conseguimos imagens dele voltando para casa, pegando um alicate e saindo. Depois disso não foi mais visto”, conta o investigador.
Corpo em decomposição
O pai do jovem, que mora no Rio Grande do Sul, esteve em Abelardo Luz para acompanhar a investigação na tarde de segunda-feira. O delegado mostrou a ele imagens por onde o rapaz passou pela última vez. Segundo Tescke, pouco antes das 18h, o pai foi até uma cerealista abandonada — usada para armazenar cereais — e localizou o corpo do filho. Ele estava em um buraco de aproximadamente 10 metros de profundidade.
“A princípio, pela forma que foi encontrado o corpo, acreditamos que foi acidente. Ele teria entrado no local para furtar fios de cobre e, como não tinha celular e nem lanterna, acabou caindo no buraco”, explicou o delegado que, preliminarmente, não identificou indícios de crime. O cadáver foi retirado do local pelo Corpo de Bombeiros Militar.
A polícia aguarda o resultado dos laudos periciais do IGP (Instituto Geral de Perícias) para confirmar, de forma oficial, a identidade do rapaz e a causa da morte. Se não houver indícios de crime, o caso será arquivado como morte acidental. Caso contrário, um inquérito policial será aberto para investigar o óbito. Os exames devem ficar prontos em cinco dias.
O jovem, que não teve a identidade revelada, estava com a roupa que saiu de casa e com o alicate amarelo visto pela câmera, conforme a investigação. Ele tinha passagens por tráfico de drogas no estado gaúcho.