Nesta sexta-feira (08), a Polícia Civil de Itajaí cumpriu mandados de busca e apreensão no Hospital Marieta Konder Bornhausen e na casa do médico Gustavo Deboni, que ocupou o cargo de gerente médico da unidade. Deboni não estava em casa no momento das ações.
Ele mora no condomínio Brava Beach, na Praia Brava e foi intimado a comparecer na delegacia para prestar depoimento ao delegado responsável pela DIC de Itajaí.O delegado Rafael Lorencetti pediu e a justiça autorizou o afastamento de Deboni do exercício da medicina, aula e gestão ou administração de hospitais por tempo indeterminado. O delegado também havia solicitado a prisão de Deboni, mas o pedido foi negado pelo judiciário.
A polícia investiga, a pedido do Ministério Público, a suspeita de que o médico teria abreviado vidas de pacientes enquanto foi o responsável pela ala de pacientes graves do hospital. A polícia apreendeu no hospital os logins do site operacional do Marieta, usados por Deboni. Ano passado, o CRM decidiu pelo afastamento cautelar do médico do exercício da medicina durante o curso das investigações.
O MP pediu e a justiça concedeu o afastamento de Deboni da gerência médica do hospital e de atendimentos no SUS em Itajaí, até que o CRM julgue o mérito do processo ético que corre no conselho. Em dezembro do ano passado, quase quatro meses após a suspensão das atividades médicas de Deboni da Silva, o conselho Federal de Medicina (CFM) anulou a interdição cautelar do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) e o médico pode voltar a trabalhar.
Agora, novamente por decisão judicial, Deboni está impedido de medicar, dar aula ou fazer a gestão hospitalar. A direção do hospital Marieta ainda não se pronunciou sobre as buscas.