A droga conhecida como K9 tem gerado preocupação entre as autoridades de segurança em Santa Catarina devido aos seus efeitos devastadores. Embora ainda não tenha sido encontrada no estado, o entorpecente, que tem se espalhado pelas ruas de São Paulo e já foi apreendido em outros estados brasileiros, está sendo monitorado de perto.
De acordo com informações da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), até o momento não foram registradas apreensões da droga em Santa Catarina. As drogas K surgiram em laboratórios nos anos 1980 e são compostas por canabinoides sintéticos. O governo de São Paulo alertou que os efeitos da droga podem ser ainda piores do que os do crack.
Um dos fatores de preocupação é o alto poder de dependência que a droga apresenta, conforme explica o delegado Claúdio Monteiro, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Apesar de não haver registros de apreensão até o momento, as autoridades estão cientes do problema e acompanhando de perto, acreditando que a K9 possa chegar ao estado em breve.
Santa Catarina tem sido pioneira no que se refere a drogas sintéticas, o que aumenta a possibilidade da chegada da K9 ao estado. No entanto, ainda não é possível determinar quando ela poderá aparecer nas ruas dos municípios catarinenses.
A K9 pode ser consumida de diferentes formas, como em papel borrifado com a substância, em selo, inalada diretamente de uma pipeta, misturada em ervas para fumar ou em sais para inalar. Além da dependência, a droga apresenta um alto potencial para aumentar a depressão, elevar a frequência cardíaca, causar paranoia, alucinações, convulsões e, em casos extremos, levar à morte.
Recentemente, foram apreendidos pacotes contendo 6kg da droga em um aeroporto de Fortaleza, no Ceará, provenientes de São Paulo e com destino às cidades de Fortaleza, Itapajé e Maranguape. Esse avanço acende o alerta para a possível disseminação da K9 em outras regiões do país, incluindo Santa Catarina, onde as autoridades permanecem vigilantes para combater essa ameaça às comunidades.