O corpo do jovem, que estava desaparecido há 10 dias em Santa Catarina, foi encontrado pelo pai dentro de uma fábrica de cereais abandonada, em Abelardo Luz, no Oeste do Estado, na segunda-feira (1). De acordo com a Polícia Civil, o rapaz foi achado dentro da cerealista (local que armazena cereais) num buraco de aproximadamente 10 metros.
“A princípio, pela forma que foi encontrado o corpo, acreditamos que foi acidente. Ele teria entrado no local para furtar fios de cobre e, como não tinha celular e nem lanterna, acabou caindo no buraco”, explicou o delegado Marcelo Fernando Tescke, ao ND+.
A polícia aguarda o resultado dos laudos periciais do IGP (Instituto Geral de Perícias) para confirmar, de forma oficial, a identidade do rapaz e a causa da morte. Se não houver indícios de crime, o caso será arquivado como morte acidental. Caso contrário, um inquérito policial será aberto para investigar o óbito.
Os exames devem ficar prontos em cinco dias. O jovem, que não teve a identidade revelada, estava com a roupa que saiu de casa e com o alicate amarelo visto pela câmera, conforme a investigação. Ele tinha passagens por tráfico de drogas em Santo Ângelo (RS), de onde é natural.
O rapaz, conforme relatos, trabalhava em uma empresa de instalações elétricas em Abelardo Luz (SC). Ele era usuário de drogas e, conforme a polícia, teria chegado no município há poucos dias para auxiliar os colegas em um serviço.
O jovem desapareceu no domingo, dia 21 de fevereiro, e os colegas dele registraram um BO (Boletim de Ocorrência) relatando o desaparecimento, o que levou à Delegacia de Polícia Civil a investigar o caso. Segundo o delegado Tescke, também foram coletadas diversas imagens de câmeras de monitoramento que auxiliaram a polícia a descobrir os últimos passos do rapaz.
“Descobrimos que no domingo ele foi várias vezes em um posto de combustíveis comprar cerveja. Já à tarde ele foi visto saindo de casa com um rolo de fios de cobre e fez a venda em uma empresa de reciclagens em Abelardo Luz. As 21h10, conseguimos imagens dele voltando para casa, pegando um alicate e saindo. Depois disso não foi mais visto”, conta o investigador.