O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá adiar em 24 horas a sua viagem à China. Na noite de quinta-feira (23), o presidente foi atendido no Hospital Sírio-Libanês em Brasília, onde recebeu o diagnóstico de pneumonia. Por recomendação médica, o embarque para o país asiático, previsto para sábado (25), deve ocorrer no domingo (26).
Essa viagem à China é a maior desde o início do governo e irá incluir, segundo o Itamaraty, uma comitiva com centenas de empresários, governadores, senadores, deputados e ministros. A programação, que inclui conversas bilaterais e assinaturas de diversos acordos, visa promover as relações comerciais com Pequim, principal parceiro do país.
Em 2022, por exemplo, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, registrado em US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula à China, em 2004.
Nesta viagem, ao menos 20 acordos devem ser celebrados nas áreas de agronegócio, ciência e tecnologia, comércio, educação e cultura. A comitiva brasileira busca ainda investimentos e uma diversificação de temas bilaterais, como transição energética, mudança climática e a segurança internacional. O turismo também deve ser debatido.
Nos encontros oficiais, Lula tem agenda marcada com o presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro Li Qiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, entre outros. Essa será a quarta viagem internacional do presidente desde que assumiu a presidência, dando espaço para encontros nos Emirados Árabes e na Europa.