Itajaí e Camboriú entram em alerta com epidemia de dengue

Itajaí e Camboriú, em Santa Catarina, são classificadas como áreas de epidemia de dengue, de acordo com a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC). Essa nova categorização preocupa a região, que já conta com outras sete cidades em estado epidêmico. O avanço da doença é alarmante, com números expressivos de casos confirmados e taxas de incidência elevadas.

Itajaí e Camboriú se juntam a Bombinhas, Porto Belo, Piçarras, Balneário Camboriú, Navegantes, Itapema e Penha, que já se encontram em situação epidêmica de dengue. A classificação de epidemia ocorre quando a taxa de incidência ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os números da doença na região são preocupantes. Em Itajaí, a taxa de incidência é de 442, com 1.289 casos confirmados. Já em Camboriú, a incidência é de 304, com 341 casos confirmados. Destaca-se também a cidade de Bombinhas, que lidera a lista com uma taxa de incidência de 1.589, após a confirmação de 388 casos.

No estado de Santa Catarina, até o dia 29 de maio, foram registrados 50.716 casos confirmados de dengue, sendo 38.308 deles originados dentro do próprio estado, distribuídos em 120 municípios. Ao todo, 33 municípios se encontram em nível epidêmico.

Além do aumento no número de casos, preocupa também o número significativo de casos graves. De acordo com o relatório da Dive-SC, foram registrados 2.028 casos de dengue com sinais de alarme e 67 casos de dengue grave, resultando em 53 mortes confirmadas e sete sob investigação.

Para combater o avanço da doença, têm sido realizados mutirões de limpeza e recolhimento de entulhos em vários bairros, como o São Vicente, em Itajaí, que concentra o maior número de casos na cidade. Em Camboriú, houve um mutirão de limpeza no bairro Monte Alegre, além de ações para eliminação de focos do mosquito, limpeza de terrenos e orientação à população.

Diante dessa situação, é fundamental que a população e as autoridades sanitárias atuem em conjunto, adotando medidas preventivas e de combate à dengue, a fim de evitar o avanço da epidemia e preservar a saúde dos cidadãos na região.