Aline Kardauke, residente de Chapecó, em Santa Catarina, tem ganhado destaque nas redes sociais ao revelar sua rotina no Instituto Médico Legal (IML), dando insights sobre a perícia criminal e a realidade por trás do trabalho.
Nos vídeos, que já conquistaram a atenção de mais de 700 mil seguidores, Aline busca desmistificar o trabalho no IML. Ela relata os casos mais desafiadores que enfrentou e ainda oferece orientações para aqueles que desejam seguir essa carreira. O conteúdo visa apresentar a morte sob uma nova ótica, longe dos estereótipos comuns.
A motivação para compartilhar sua experiência online surgiu da constatação de um alto índice de desistência na área. Aline explica que muitos entram com uma percepção formada pela televisão e são surpreendidos pela realidade do ofício. Porém, ressalta que o assunto não precisa ser abordado de maneira sombria e acredita que ainda há espaço para evolução no modo como a sociedade lida com a temática da morte.
Primeiro contato com um cadáver
Aline relatou que, apesar de ser sua escolha profissional, a primeira experiência com um cadáver foi impactante, já que rompeu com sua rotina cotidiana.
— O trabalho exige respeito, consciência e empatia. Há um equívoco em nos considerar insensíveis. Tornamo-nos mais racionais, contudo, jamais insensíveis — ressalta.
A influenciadora frequentemente recebe perguntas curiosas em suas redes. Entre os questionamentos, estão hábitos alimentares após autópsias, qualidade do sono e possíveis encontros sobrenaturais no IML.
— Não alterei minha dieta. Posso finalizar um procedimento e me alimentar em seguida. Nunca tive pesadelos relacionados e, quanto a aparições, não acredito nesse tipo de ocorrência — esclarece em um de seus vídeos.
Aline revelou que seu fascínio pela medicina legal teve início durante seu curso técnico em radiologia. Embora tenha sido aprovada em um concurso em Santa Catarina em 2010, só iniciou na profissão em 2014.
— Trabalhar com a morte mudou minha percepção sobre a vida. Aprendi a valorizar cada momento e os sentimentos positivos. Para mim, a vida é no presente, e atuar no IML intensificou essa compreensão — afirma.