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A Vitalmar, uma tradicional indústria de pescados de Santa Catarina com quase três décadas de operação, entrou com um pedido de recuperação judicial aceito pelo juiz Fernando Machado Carboni, da 3ª Vara Cível de Itajaí, em 16 de novembro. A empresa, juntamente com suas afiliadas Vitalmar Participações e Transvital Transportes, enfrenta uma dívida de R$ 51,1 milhões e agora tem 60 dias para apresentar um plano de reestruturação e pagamento aos credores.
A recuperação judicial concede à Vitalmar proteções contra ações de credores, assegurando a continuidade de serviços essenciais e a suspensão de processos de execução contra a empresa. A medida vem em resposta a desafios financeiros atribuídos a “uma série de fatores externos”, incluindo a repercussão da Operação Poseidon de 2014, onde a Vitalmar e outras empresas foram investigadas por práticas ilegais no comércio de pescados. Embora tenha sido absolvida, a Vitalmar afirma que o escândalo afetou severamente seu faturamento e relacionamento com instituições financeiras.
A operação Fugu de 2017, que investigou a adulteração de pescados, foi outro revés citado pela empresa, apesar de posteriormente o Ministério Público Federal ter pedido o arquivamento do caso. Ainda assim, a Vitalmar alega que enfrentou apreensões de produtos e danos à sua reputação, exacerbando as dificuldades financeiras.
Além das questões legais, a Vitalmar enfrenta desafios operacionais e de mercado, como a diminuição do capital de giro, escassez de matéria-prima nacional, competição com produtos importados de baixo custo e altos juros sobre empréstimos. A companhia, que possui aproximadamente 150 funcionários e 100 terceirizados, vê as dificuldades como temporárias e considera a recuperação judicial uma ferramenta essencial para a retomada saudável de suas operações.
Tentativas de contato com a Vitalmar para comentários sobre o processo de recuperação judicial foram feitas pela coluna, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta. A empresa tem a oportunidade de oferecer sua perspectiva no futuro.
Fonte: Clicsc
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