Para os próximos 15 dias, não se observa uma distribuição de chuva adequada e suficiente para normalizar o abastecimento urbano em um curto prazo. O que indica, tendo em vista os níveis baixos dos rios, a continuidade prolongada da estiagem no Estado. Mas, além da preocupação envolvendo os mananciais, há também o aumento de focos de incêndio em vegetação. Com solo extremamente seco e propício para qualquer faísca se torna um fogo intenso, bombeiros tem registrado mais ocorrências nesse sentido em Santa Catarina. Na segunda-feira (25), durante a madrugada, equipes foram acionadas em Jaraguá do Sul, para combater um incêndio de grandes proporções. O problema é que o foco está no meio de uma mata fechada e próximo a uma área residencial. Mais de 10 mil metros quadrados já foram atingidos pelas chamas. Já na região do Litoral Norte e Vale do Rio Tijucas, nesta terça-feira (26), bombeiros foram mobilizados para controlar focos de incêndio em vegetação em duas cidades. Entre Nova Trento e Brusque, guarnições de três cidades foram empenhadas junto com o helicóptero Arcanjo. No local, a vegetação nos dois lados da rodovia SC-410, foram atingidas pelas chamas. Para o combate, foi necessário bloquear a pista. Em Porto Belo, pela manhã, bombeiros também registraram um foco de incêndio em vegetação.
No dia 12 de maio, as guarnições de Porto Belo, também registraram um incêndio em vegetação, mas de proporções bem maiores. A área atingida foi próxima à BR-101 e foi necessário fechar os dois sentidos da rodovia durante os trabalhos. Conforme o Tenente dos Bombeiros, Rafael Giosa Sanino, por conta do período de estiagem no Estado, os números de ocorrências envolvendo fogo em mata aumentaram consideravelmente. Por isso, algumas orientações devem ser seguidas. “ As orientações são para evitar “limpar” qualquer terreno utilizando o fogo como meio de extinção; evitar colocar fogo em qualquer tipo de material que possa se propagar para a mata; e redobrar os cuidados para não jogar objetos em beiras de estradas que possam iniciar incêndios em vegetações, como por exemplo bitucas de cigarro”, salienta. Sanino também reforça que além do clima seco, os dias estão com ventos muito fortes, principalmente nos períodos da tarde e esse fator contribui muito para a propagação do incêndio em vegetação ser ainda mais rápida.
Texto: Brunela Maria/Visor Notícias