Pesquisadores identificaram uma nova variante da Ômicron em uma criança de 3 anos. O exame foi feito pelo laboratório Dasa, em São Paulo. De acordo com registros do Gisaid, plataforma que disponibiliza dados genômicos do coronavírus, a amostra não foi detectada em nenhum outro lugar do mundo. As recombinantes são vírus que apresentam pedaço do genoma derivado dele e outro pedaço de uma linhagem distinta. Por exemplo, a Deltacron é uma recombinação entre um vírus Delta e um Ômicron.
A amostra foi coletada na criança por meio de teste RT-PCR em 16 de fevereiro de 2022. O resultado apresentou compatibilidade com a SARS-CoV-2 BA.2. Caso a recombinação tenha viabilidade biológica, ela pode infectar outras pessoas e se tornar uma pandemia causada por um novo vírus, que seria a extensão da Ômicron.
Para isso, é preciso ao menos cinco amostras de diferentes indivíduos que contenham a recombinante. Segundo o instituto, além dessa, outras duas recombinantes foram detectadas em amostras coletadas em 11 de março deste ano. A XE (BA.1/BA.2) foi identificada em duas crianças, de 10 anos.
A recombinante foi identificada no Reino Unido em 16 de janeiro e também encontrada em São Paulo pelo Instituto Butantan. As amostras são de pacientes que buscam o laboratório para realizar o teste RT-PCR e selecionadas aleatoriamente para o Genov, projeto de vigilância genômica do SARS-CoV-2.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que foi notificada e o caso está sendo investigação epidemiológica pela prefeitura da capital. De acordo com o laboratório uma notificação foi feita ao centro de vigilância do estado, que é responsável por comunicar o Ministério da Saúde.