O candidato a governador em Santa Catarina com maior patrimônio declarado à Justiça Eleitoral é o ex-deputado federal e empresário Jorge Boeira (PDT), com R$ 7,4 milhões. Com o candidato a vice Dr. Dalmo Claro de Oliveira, que soma R$ 10,9 milhões, fazem a dobradinha mais endinheirada dessas eleições.
Udo Döhler (MDB), que concorre a vice na chapa do governador Carlos Moisés à reeleição, é o que apresenta maior patrimônio individual entre os candidatos à majoritária, com R$ 15,1 milhões, maiores valores em aplicações e quotas. Isso que desbancou na convenção do MDB o candidato mais rico do Brasil. Sim, Antídio Lunelli, que vai disputar uma das 40 vagas de deputado estadual pelo MDB, declarou R$ 390 milhões. É disparado o concorrente mais rico do país.
Dos 156 candidatos a governo em todo Brasil, por exemplo, que somam juntos R$ 1,1 bilhão em bens, o que tem maior patrimônio é o gaúcho Roberto Argenta, empresário do ramo calçadista, com R$ 372,9 milhões. Ainda assim atrás de Antídio Lunelli. Em apenas dois anos, quando reelegeu-se prefeito de Jaraguá do Sul, Lunelli aumentou seu patrimônio em quase R$ 40 milhões. De 2016 pra cá, quando concorreu pela primeira vez, seus bens aumentaram em R$ 110 milhões.
Nascido no meio rural, em Corupá, Lunelli tem ensino médio e fez fortuna no setor têxtil e de moda, comanda rádios, frigoríficos, empresas de mineração e terraplanagem. É dessas empresas que vem a maior parte do seu patrimônio R$ 329 milhões, além de outros R$ 43 milhões em fundos de renda fixa.
O governador Carlos Moisés (Republicanos) tinha patrimônio de R$ 1,83 milhão em 2018 e hoje de R$ 2 milhões.
Com o financiamento público de campanhas, parece que vai mudando o papel dos endinheirados nas campanhas. Antes, era clássico que financiadores fossem candidatos a suplente de senador, por exemplo. Hoje, vagas de vice ou suplentes têm sido ocupadas com apelos mais políticos, identitários por gênero ou etnia e até geográficos, para ampliar o alcance da chapa.
Senadora catarinense
Ivete Appel da Silveira (MDB), viúva do governador Luiz Henrique, será senadora da República pelos próximos três meses a partir do dia 24 de agosto. Feliz com o gesto do senador Jorginho Mello (PL) de licenciar-se para lhe permitir a experiência, Ivete segue nos próximos dias para Brasília. “Muito honrada, vou a Brasília ver como posso ajudar. Meu plano é dar continuidade ao mandato de Jorginho com prioridade aos temas da saúde, como a rede hospitalar catarinense”, adiantou a suplente. Nascida em Brusque, Dona Ivete, como era chamada por Luiz Henrique, nunca exerceu mandato, mas sempre esteve atenta no bastidor. Na foto, com as amigas Albertina Tuma e Sarah Mello. Esta última é do círculo de amigos que participou inclusive da primeira viagem internacional de LHS no governo, em 2003.
De olho
A cortesia do senador Jorginho Mello com MDB mira os votos de partidários que não seguiriam com Celso Maldaner, diriam os interesseiros. Ele tem duas chances, aliás, com Ivete no Senado e com Moacir Sopelsa no governo. Nesse último caso, o PL acaba se beneficiando também, porque assume a presidência da Alesc com Maurício Eskudlark. Jorginho foi eleito senador em 2018 com apoio do MDB que, na ocasião, ficou com a candidatura de Mauro Mariani ao governo pelo meio do caminho. Mas de lá pra cá, Dário Berger deixou a sigla e também se habilita ao voto dissidente, se houver.
Patrimônio
Décio Lima (PT) declarou R$ 1,4 milhão em imóveis e participações societárias, sua finalmente confirmada candidata a vice, Bia Vargas (PSB) R$ 32 mil. O senador Esperidião Amin (PP) tem patrimônio de R$ 2,8 milhões, principalmente em imóveis e veículos, e o candidato a vice Dalírio Beber (PSDB) R$ 5,4 milhões, com maior volume em aplicações financeiras. O senador Jorginho Mello (PL) declarou patrimônio de R$ 2,4 milhões e a candidata a vice, delegada Marilisa Boehm, R$ 939 mil. Odair Tramontin, do Novo, tem patrimônio de R$ 6,8 milhões e Ricardo Althoff, candidato a vice, de R$ 922 mil.
Homenagem
Todo ano, o Crea-SC distingue profissionais, empresas, entidades de classe e instituições de ensino com destaque nas áreas de engenharia e agronomia. Pois a temporada de indicações para a medalha do mérito e inscrições no Livro do Mérito Catarinense está aberta até 10 de outubro. As indicações de pessoa física ou jurídica são feitas por meio de formulário apropriado pelo endereço [email protected].
Desafio diversidade
Com o senador Dário Berger, candidato à reeleição, no evento Pacto pela Paz, sábado em Floripa, Margareth Hernandes (PSB) assumiu o desafio de ampliar a representatividade de mulheres, negros e LGBTQIA+ na Alesc. Entende que a legislação e a atuação da segurança pública são importantes, mas considera urgente a criação de políticas sociais efetivas com foco na educação e no esclarecimento das pessoas. Tornou-se advogada aos 44 anos e, hoje, aos 62, é a primeira advogada catarinense a presidir a Comissão Especial da Diversidade Sexual e Gênero da OAB Nacional e exerce o quarto mandato consecutivo como presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e de Gênero da OAB-SC.