As fortes chuvas, que atingiram Santa Catarina nos últimos dias, deixaram mais de 1 mil pessoas fora de casa. Até o momento, o último relatório da Defesa Civil do Estado, aponta 191 desabrigados e 882 desalojados em várias cidades catarinenses. Apesar da chuva ter dado uma trégua, o risco permanece alto para deslizamentos, principalmente na Grande Florianópolis.
Nesta sexta-feira (2), o diretor de gestão de desastres da Defesa Civil do Estado, Cesar Nunes, afirma que se inicia uma nova fase da gestão de crise. Ele também destaca que é importante a arrecadação de doações como colchões e kits de roupa de cama, higiene, limpeza e cesta básica.
Segundo o levantamento, os desabrigados estão em Joinville (168); Jaraguá do Sul (10); Rodeio (8); Guaramirim (5) e Campo Alegre (4). Já os desalojados se concentram em Joinville (520); São Bento do Sul (220); Luiz Alves (34); Timbó (30); Campo Alegre (20); Rio dos Cedros (20); Benedito Novo (12); Garuva (10); Araquari (9); Gaspar (4); Itapoá (2) e Pomerode (1).
“É Importante destacar que agora uma nova fase da gestão de desastres, acaba diminuindo a intensidade, mas nós temos muitas comunidades que estão isoladas, vão precisar de cooperação e obras continuadas”, avalia Nunes.
O Estado decretou situação de emergência nesta quinta-feira (1º). Além disso, 30 municípios também enfrentam a mesma situação: Araquari, Campo Alegre, Canelinha, Canoinhas, Corupá, Doutor Pedrinho, Garuva, Gaspar, Guaramirim, Itajaí, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Luiz Alves, Massaranduba, Major Gercino, Mafra, Nova Trento, Orleans, Palhoça, Paulo Lopes, Rio dos Cedros, Rio Negrinho, Rodeio, São Bento do Sul, Santo Amaro da Imperatriz, Schroeder, Timbó, Tijucas e Três Barras.
Foram registradas três mortes, entre elas um homem em Palhoça, que foi eletrocutado ao atravessar uma área alagada, um homem em Brusque que morreu soterrado em um deslizamento, e um homem em Gravatal, que morreu por por causas naturais em um abrigo. Ao longo da quinta e a madrugada desta sexta, não foram registrados significativos volumes de chuva no Estado. Mesmo assim, o diretor alerta que as consequências ainda são sentidas.
“As rodovias estaduais e federais estão ainda bloqueadas, vamos ter volumes diferenciados de água que estão chegando a rios e córregos, que poderão atingir algumas rodovias e aí sempre atenção ao risco de escorregamento e deslizamento, com os cuidados que já foram repassados pela Defesa Civil”, afirma Cesar Nunes.