De aviões a carros de luxo: Operação da PF mira esquema de pirâmide bilionário em Balneário Camboriú
O esquema investigado, que começou em Balneário Camboriú e se estendeu para outras cidades do Brasil, coletou mais de R$ 1 bilhão de aproximadamente 7 mil investidores
A Polícia Federal lançou a Operação Ouranós nesta terça-feira (28) com o intuito de desmantelar uma organização criminosa acusada de operar um esquema de pirâmide financeira em desacordo com as normativas do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários.
Como parte da operação, estão sendo executados 28 mandados de busca e apreensão, além de 11 medidas cautelares, das quais duas incluem monitoramento eletrônico. As ações visam a 12 indivíduos físicos e mais de 50 empresas, com o judiciário determinando o bloqueio e confisco de bens que somam cerca de R$ 400 milhões, incluindo imóveis, embarcações, uma aeronave, veículos e contas bancárias.
O esquema investigado diz respeito a uma empresa que atua no mercado financeiro, especificamente na área de títulos e valores mobiliários, como ações e obrigações. Essa empresa conseguiu coletar, ou seja, obter mais de R$ 1 bilhão de aproximadamente 7 mil pessoas que investiram seu dinheiro com ela, em 17 estados do Brasil e do exterior. A organização prometia investimentos em arbitragem de criptomoedas, ofertando contratos de investimento coletivo sem a devida autorização das entidades reguladoras.
Durante a investigação, que começou em 2020, foi revelado que a organização praticava uma técnica de “centrifugação de dinheiro”, onde os valores ilícitos eram movimentados através de múltiplas contas para dificultar o rastreamento. Também foram identificados investimentos suspeitos de terem origens em atividades como tráfico de drogas, além de crimes contra o sistema financeiro e fraudes empresariais e fiscais.
As atividades ilícitas tiveram início em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, expandindo-se para Curitiba, no Paraná, e alcançando posteriormente o centro econômico do país, em São Paulo. Os crimes investigados incluem lavagem de dinheiro, operação de instituição financeira sem autorização e oferta irregular de valor mobiliário.
Fonte: Clicsc
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Redação ClicSC
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