Quando são descobertos os casos de fraude no INSS (Previdência Social), sempre fica na população o sentimento de revolta contra o ataque aos recursos que tem feito tanta falta para o sustento das aposentadorias. Uma das armas da previdência contra as fraudes é a chamada prova de vida. Mas até esse instrumento vem se mostrando falho, especialmente quando expõe idosos a situações que chegam a atentar contra a dignidade humana ou beiram o ridículo e contrariam o que seria mais do obvio, mas é exigido pela burocracia.
Um dos casos recentes e que chama a atenção é o caso do advogado Michel Assef, de 74 anos. Ele teve a aposentadoria suspensa, pois precisava provar que estava vivo para continuar a receber o benefício. Seguiu a recomendação do INSS, ele foi até uma agência da Caixa Econômica Federal para apresentar a prova de vida de 2020. No entanto, o assunto não se resolveria assim tão facilmente.
Depois que fez toda a burocracia, comprovando que estava vivo em 2020, o aposentado se viu envolvido em outra exigência da Caixa: teria que provar que estava vivo também em 2019. Ou seja, no ano anterior.
Segundo ele, os agentes do INSS pediram uma segunda visita, em outra data, para fazer a prova de vida do ano anterior. Uma verdadeira brincadeira de mau gosto, já que uma pessoa viva em 2020 não estaria morta em 2019. O caso aconteceu no Rio de Janeiro e ganhou as redes sociais no começo desta semana. O INSS justificou que para liberar os recursos seria necessário seguir os procedimentos duas vezes. As informações são do jornal Extra do Rio de Janeiro.