A falsa enfermeira, que foi presa pela Polícia Federal, por realizar suposta vacinação contra Covid-19, na garagem de uma empresa de ônibus, em Belo Horizonte, usava soro fisiológico para enganar os “clientes”. A mulher, na verdade era uma cuidadora de idosos e já atuava com o esquema na cidade desde o início de março, conforme investigações da Polícia Federal. Ela foi levada para a Penitenciária Estevão Pinto na noite dessa terça (30), teve a prisão temporária convertida em preventiva, mas, foi solta no último sábado (03).
A decisão foi proferida pela desembargadora Ângela Catão, do Tribunal Regional Federal (TRF-1). Com isso, Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas deixou a Penitenciária de Belo Horizonte I (Estevão Pinto) neste sábado, às 16h24. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
Os investigadores apontam que ela atendia também a domicílio. De acordo os policiais, um dos bairros em que ela mais fez “atendimentos” – em casas e apartamentos – foi o Belvedere, de classe alta, no Centro-Sul da capital mineira. “Os moradores lá estão todos sem saber o que fazer”, afirma um empresário que frequenta a região. Diligências feitas pela Polícia Federal encontraram na casa dela ampolas de soro fisiológico. A suspeita é que era isso que vinha sendo aplicado nas pessoas que contratavam seus serviços. Conforme a PF, a falsa enfermeira, com os recursos que ganhava com a aplicação da “vacina”, estava comprando carro e um sítio.
Além do caso da enfermeira, a denúncia aponta que vários empresários pagaram por essa vacinação irregular contra a COVID-19. A reportagem foi publicada no dia 24 de março pela revista Piauí. Ela cobrava R$ 600 por duas doses do que garantia ser da vacina. Vídeos mostram uma mulher de jaleco branco em meio a carros em uma garagem no Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte.