Um homem foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado após ser considerado culpado pelo feminicídio de sua companheira, ocorrido em dezembro de 2022, em Xanxerê. Além da pena principal, ele recebeu mais um mês e 24 dias de prisão por ter ameaçado seu ex-chefe com um facão após ter o pedido de dinheiro para fuga negado.
O julgamento, conduzido pelo Tribunal do Júri e representado pelo Promotor de Justiça Marcos Schlickmann Alberton, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ocorreu na última sexta-feira (19). O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo fútil e asfixia) e ameaça.
Segundo a acusação, na madrugada de 5 de dezembro de 2022, após consumir bebidas alcoólicas e cocaína, o réu iniciou uma discussão que escalou para violência física no quarto, onde ele acabou asfixiando sua companheira até a morte.
Após o crime, o homem buscou ajuda financeira de seu primo e ex-patrão para fugir, mas ao ter seu pedido negado, ameaçou-o de morte com um facão.
O relacionamento do casal era marcado por instabilidades e episódios de términos e reconciliações ao longo de dois anos, durante os quais foram emitidas medidas protetivas de urgência. A vítima já havia tentado se separar do réu várias vezes, mas ele continuava a exercer um controle possessivo sobre ela. O condenado também enfrenta outras ações penais por ameaça e lesão corporal contra a mesma vítima e por agressões contra outras três mulheres com quem teve relacionamentos anteriores.
A Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, mantendo sua prisão preventiva. A decisão ainda permite recurso.