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‘Mulher da Casa abandonada’: Polícia cumpre mandado, entra na mansão e encontra Margarida Bonetti

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta quarta-feira (20) à tarde em São Paulo por investigadores no imóvel onde morava Margarida Bonetti, conhecida como “a mulher da casa abandonada”, tema de podcast da […]

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Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta quarta-feira (20) à tarde em São Paulo por investigadores no imóvel onde morava Margarida Bonetti, conhecida como “a mulher da casa abandonada”, tema de podcast da Folha de S. Paulo produzido por Chico Felitti.

Foi preciso arrombar uma janela para ter acesso ao imóvel. A ação faz parte de inquérito aberto pela Polícia Civil para investigar se ela sofre de distúrbio psiquiátrico e se foi vítima de abandono de incapaz. Margarida voltou ao Brasil para morar na mansão de Higienópolis, bairro nobre da capital paulista, após ser acusada de ter mantido uma empregada em condições análogas à escravidão entre o fim da década de 1970 e o começo dos anos 2000 nos EUA.

Os investigadores do 4º Distrito Policial estão no local com peritos para verificar se é possível constatar o crime, previsto no Código Penal brasileiro com base no Estatuto do Idoso. Condições de higiene, edificação e condições sanitárias são os itens levados em consideração no inquérito.

Margarida está no local, mas não garantiu acesso ao imóvel. Por conta disso, os agentes tentaram inicialmente arrombar a porta da casa, sem sucesso. Só conseguiram entrar na mansão por uma janela, que precisou ser aberta à força. Duas policiais foram as primeiras a entrar no imóvel e, logo após, abriram a porta.

“Ela disse que a gente não ia entrar, que ela tinha os direitos dela. A gente explicou que está cumprindo uma ordem judicial. Nós estamos fazendo um trabalho dentro da lei e tentamos ao máximo não causar nenhum dano, nenhum estrago”, disse o delegado Luiz Carlos Zapparolli.

A área está isolada, acessível apenas para os policiais e imprensa — que não pode passar do portão. Policiais que estão no local contaram que Margarida discutiu com os agentes. “A casa é uma fortaleza”, disse Margarida para os policiais. Um cão aparentemente desnutrido foi retirado do local. “Esse aqui a gente achou em condição totalmente assustada, tremendo, é difícil até de pegar, o cheiro é terrível”, disse Zapparolli sobre o cachorro. O delegado afirmou que há muita sujeira e lixo acumulados no imóvel, incluindo restos de comida.

Margarida chegou a sair da casa após o arrombamento. Ela caminhou pela varanda até a janela que foi aberta à força e voltou para o interior do imóvel.

Conforme o delegado Marcelo Palhares, a polícia verifica também se há condições para habitação do imóvel. “Constatamos na investigação energia elétrica ligada, água e luz funcionando, com contas sendo pagas. Então presume-se ambiente (para moradia)”.

Em depoimento registrado no dia 11 de junho ao qual o UOL teve acesso, Rosa Vicente de Azevedo, irmã de Margarida, negou que Margarida possua “problema de ordem mental” e se apresentou como responsável pelo sustento da irmã, incluindo alimentação, vestuário, calçados, dinheiro para compras e locomoção.

Ela disse ainda que Margarida deixou a mansão por medo após a janela do imóvel ter sido atingida por um tiro. De acordo com o relato, houve uma escalada de violência em frente à mansão após o sucesso do podcast. Inicialmente, as pessoas que passam diariamente pelo local xingavam e até atiravam objetos no imóvel. “Em certo dia, ocorreu um disparo de arma de fogo que atingiu uma das janelas”, disse. A ida da polícia ao imóvel hoje também ocorre para verificar se, de fato, houve o disparo.

Segundo Rosa, a irmã não se feriu no ataque e deixou a casa após o incidente. “Margarida não se encontra mais na residência, pois está temerosa pela sua vida e integridade física”, complementou.

‘Era da família’, diz irmã sobre vítima

Ela também foi questionada sobre a relação da irmã com a empregada, vítima de condição análoga à escravidão. “Margarida nunca teve nenhum tipo de desavença com sua secretária do lar [como se referiu à mulher mantida em condições análogas à escravidão]. Muito pelo contrário, pois sempre se deram muito bem e [Margarida] a tinha como um membro de sua própria família.”

Fonte: Clicsc

Sobre o autor:
Brunela
Brunela Maria
Brunela Maria é jornalista desde 2011 e formada pelo Centro Universitário IESB, em Brasília. Trabalhou no Notícias do Dia, em Florianópolis e na Record TV Brasília. Atua como repórter no portal ClicSC.
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