Ao perceber que o mercado de crédito e pagamentos no Brasil carecia de novas soluções tecnológicas em 2021, ainda na pandemia, um grupo de empresários apostou em uma Techfin de inovações financeiras para lançar no mercado uma solução de cartão de crédito que opera diretamente via Pix.
A plataforma PixCard foi criada – segundo a empresa – para eliminar os usuais custos de intermediação, melhorar os processos e democratizar o acesso ao crédito no país, “tornando-o acessível a todos os brasileiros”. Para consolidar a presença no mercado, a empresa projeta um crescimento de 178% até 2025. A partir de 2026, a meta é manter a média de crescimento anual entre 35% e 40%.
A expectativa é de que os grandes players transacionem mais de 180 milhões de reais na concessão de crédito através da plataforma, principalmente com a estimada inclusão de +40 EPCs (Entidades Provedoras de Crédito) no período, que fomentam o desenvolvimento e a expansão da PixCard. Essa projeção é respaldada por uma análise de mercado que inclui os principais players e fintechs, que apontam o crescimento de mais de 170% como viável para os próximos anos.
A PixCard é o primeiro Free Label do mercado brasileiro, ou seja, um cartão sem bandeiras (como Visa e Mastercard), que dispensa rede de adquirência e tem abrangência nacional. “Todos os pagamentos realizados aos beneficiários através da plataforma PixCard são à vista, via Pix, mas o usuário paga parcelado à sua entidade provedora do crédito”, explica Paulo Guimarães, fundador da empresa sediada em Florianópolis (SC). Os empresários Danilo Cominara, Eduardo Scheer e Lucas Guimarães também são sócios da PixCard.
Soluções disponíveis
São três serviços. O EPConnect é um software para que entidades provedoras de crédito do mercado (EPCs) possam interagir com a plataforma. Permite, dentre outras coisas, o controle de taxas de juros, limitações de crédito e parcelamento para seus consumidores finais.
Para os usuários (Pessoas Físicas), o aplicativo que está disponível para download gratuito nas lojas Play Store e Apple Store, pelo qual é possível acessar sua respectiva EPC, têm acesso aos seus limites de crédito, podem realizar pagamentos à vista aos beneficiários e parcelar os valores transacionados junto à EPC.
É voltada também aos lojistas, a parte recebedora, para a qual o cartão PixCard funciona como Free Label, sem a necessidade de bandeiras e redes de adquirência, desonerando o lojista de taxas nas transações.
A quem é destinada:
A solução é voltada para pequenos, médios e grandes provedores de crédito. Segundo Lucas Guimarães, um dos investidores, a plataforma é útil para qualquer entidade que deseje promover a facilitação do crédito no Brasil, através desta nova abordagem, incluindo investidores particulares. “Por exemplo, varejistas e atacadistas como Koerich e Magazine Luiza, entre inúmeros outros, que possuem esse apetite por concessão de crédito. Até mesmo um mercado de menor porte pode se tornar uma EPC”, completa.
As EPCs podem ser entidades já reguladas pelo BACEN (como bancos, financeiras, fintechs e CorBans) ou ainda não. Neste último caso, a PixCard também tem a solução. “Esta é uma excelente opção para investidores e até mesmo estabelecimentos de pequeno e médio portes converterem seus clientes em tomadores de crédito, através de um cartão virtual Free Label de abrangência nacional, personalizado com a identidade do provedor do crédito”, explica Paulo Guimarães.
Para atingir este objetivo, os sócios da PixCard apostam em parcerias estratégicas e no próprio conceito inovador, buscando diferenciar-se no mercado. A meta para o futuro é ser a principal plataforma de facilitação de crédito no país, consolidando o ecossistema disruptivo criado, impulsionando a inclusão financeira e social para uma grande parcela de brasileiros.