A pós a transferência do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola (foto em destaque), para o sistema penitenciário federal, em fevereiro de 2019, autoridades policiais de São Paulo e Brasília constataram a continuidade do plano voltado a regatá-lo. Em março, com a chegada de Marcola a Brasília, os faccionados se mobilizaram em uma tentativa de viabilizar a empreitada no Distrito Federal.
Anotações captadas por autoridades da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) indicam que os criminosos estão apenas aguardando o aval do traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas. Há indícios de que Camacho desembolsou cifras milionárias para que o acordo com Fuminho seja cumprido.
Segundo os informes captados, após a saída de Marcola da Penitenciária de Presidente Venceslau, as funções estratégicas do grupo dentro do sistema carcerário foram divididas entre três internos: Márcio Domingos Ramos, Valcedi Francisco da Costa e Wilber de Jesus Marces.
As investigações apontam que o trio está alinhado com Fuminho para orquestrar o resgate. Algumas funções já teriam sido definidas, como o responsável pela seleção de integrantes com alto nível de conhecimento militar e de armamentos.
O PCC chegou a sobrevoar a Penitenciária Federal de Brasília com o uso de drones. O artifício é comumente usado pela facção para mapear e traçar estratégias de ataque.